4 de abril de 2011

Pedagogia dos Projetos

NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos Projetos: etapas, papéis e atores. 2ed. São Paulo: Érica, 2005.
Comentário pessoal por Fernando de Oliveira
Comparando Nildo Ribeiro Nogueira e a linguagem de Hugo Assmann os ‘aprendentes’ percebe-se que os sujeitos cognitivos – alunos –, precisam desenvolver múltiplas competências e isso devido à brusca mudança nas técnicas de ensino, pois, atualmente existe uma relação mutua entre ser humano e as máquinas inteligentes (p. ex., internet).
Desse modo, o que se deve formar afirma Nogueira é ‘cidadão integral’ que pensem de modo sistêmico e não de maneira cartesiana racionalista. Assim, a ideia de produzir sujeitos complexos que, sejam capazes de abarcar toda uma realidade de conhecimentos procedimentais expostos pelo professor, que não é um meramente um conteudista.
            E para isso acontecer necessita-se de uma atitude procedimental. Na perspectiva de Edgar Morin ‘aprender a fazer’, portanto, ao mesmo tempo em que se executa a atividade (fazer) o sujeito/aprendente desenvolve diferentes competências e aprende a resolver os possíveis problemas que irão surgir no decorrer do projeto.
            Neste processo, tonam-se de suma importância as novas tecnologias que facilitam as aprendizagens complexas e cooperativas. E, assim, ampliam o potencial cognitivo do aluno (ser humano). Antes de tudo, se deve lembrar que a relação entre meio externo e cérebro no processo de apreensão do conhecimento é o que Morin chamaria de ‘a computação das computações’.
Morin afirma em o método 3 que se constitui a computação recursiva do cérebro sobre si mesmo, e que na espécie humana isso se deveria à hipertrofia do córtex. Para Morin, trata-se da emergência cerebral, possível pela absurda complexidade que o volume alcançou, permitindo que, além da computação interna do organismo e externa, do meio, o cérebro passasse a ser capaz de computar a própria computação. Em geral, ao mesmo tempo em que cérebro computa/processa o meio, ele também computa/processa o que foi computado, isto é, faz intercomputações neurais; produzindo assim o que chamamos de conhecimento.
            Aliás, segundo Carl Rogers ‘ninguém ensina nada a ninguém, as pessoas é que aprendem, se quiserem aprender’. A ajuda do professor nesse processo de aprendizagem é fundamental.
Particularmente, me admirei com o último capítulo do livro. Em saber qual deve ser a atitude do professor para com os alunos na realização do projeto. E acredito que tais orientações não servem somente para projetos pedagógicos. Mas, também, para as demais disciplinas ensinadas pelos professores. Afinal de contas os professores devem ser facilitadores, incentivadores e motivadores dos alunos.
Portanto, o professor como orientador no processo de aprendizagem e as novas tecnologias cognitivas, possibilitam aos alunos conexões externas e internas capaz de formar um cidadão integral. 

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