“O teorema da incompletude de Kurt Gödel mostra por um caminho que um sistema dedutivo formalizado não pode encontrar nele próprio a demonstração absoluta de sua validade. E isso mostrou igualmente Alfred Tarski na sua lógica semântica: nenhum sistema dispõe de meios suficientes para se auto-explicar a si próprio.” (p. 2oo)
“(...) se nós não podemos nos privar da lógica indutivo-dedutivo-identitária, ela não pode ser o instrumento da certeza e da prova absoluta. O pensamento complexo convoca não ao abandono dessa lógica, mas a uma combinação dialógica entre sua utilização, segmento por segmento, e sua transgressão nos buracos negros onde ela para de ser operacional.” (p. 201)
Depois do teorema de Gödel A não precisa ser necessariamente A, isto é, a lógica dedutiva formal não é um imperativo absoluto.
Morin, Edgar; Le Moigne, Jean-Louis. A inteligência da complexidade. São Paulo: Petrópolis, 2000.
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