31 de agosto de 2011

Elaine Pagels formou-se em história, é mestre em estudos clássicos pela Universidade de Stanford e doutora por Harvard. Escreveu, entre outros livros, o premiado Os Evangelhos Gnósticos. Ocupa atualmente a cátedra de religião Harrington Spear Paine, na Universidade de Princeton.









30 de agosto de 2011

Ed Parish Sanders

O autor supera o reducionismo com que Paulo geralmente é tratado, identificando continuidades importantes entre o apóstolo e o judaísmo do primeiro século. Sandes propõe na obra uma reavaliação do pensamento paulino, especialmente através das Epístolas aos Gálatas e aos Romanos, de forma que seja possível perceber nestes escritos e no legado de Paulo mais do que simples oposições e refutações à Lei.
O apóstolo dos gentios desvelado pela coerente e arguta pesquisa de Sandes torna-se mais do que mensageiro aos não-judeus, mais do que opositor dos judaísmos do seu tempo. Sandes demonstrou ser possível encontrar nos textos paulinos testemunhos feitos pelo apóstolo da sua própria identidade e esperança como judeu obediente à Lei.
O autor propõe retirar o véu posto sobre Paulo por leitores e leituras anti-semitas, para fazer emergir o apóstolo judeu-cristão, proclamador do Messias enviado para judeus e gentios segundo as promessas do Antigo Testamento. Esse reexame de Paulo é fundamental não apenas para as possibilidades de um diálogo mais estreito entre judeus e cristãos: abre a possibilidade para o estudo mais coerente das relações entre o judaísmo e o cristianismo desde os primórdios da proclamação da Igreja.

Sobre o autor:
Ed Parish Sanders foi professor da Universidade de Duke até 2005. Doutor pelas Universidades de Oxford e Helsinki, e pelo Union Theological Seminary, também é autor de Paul and Palestinian Judaism (Paulo e o Judaísmo Palestinense) e Jesus and Judaism (Jesus e o Judaísmo).

28 de agosto de 2011

Juan Arias

O jornalista e escritor espanhol Juan Arias estudou filosofia, teologia, psicologia, línguas semíticas e jornalismo na Universidade de Roma, Itália. Na Biblioteca Vaticana, descobriu  o único códice existente escrito no dialeto de Jesus, procurado há vários séculos. Durante catorze anos, foi correspondente do jornal El País no Vaticano, acompanhando os papas Paulo VI e João Paulo II. É autor de vários livros, publicados em mais de dez idiomas: El Dios en quien no creo, Savater: El arte de vivir, José Saramago: El amor posible, entre outros. No Brasil, publicou Confissões de um Peregrino; Jesus, esse grande desconhecido; A Bíblia e seus segredos, todos pela Objetiva. Atualmente, é correspondente do El País no Brasil.





27 de agosto de 2011

Bart D. Ehrman


Bart D Ehrman estabeleceu sua vida na cidade de Chapel Hill nos Estados Unidos onde é professor e chefia o departamento religioso da Universidade da Carolina do Norte. Era evangélico, mas depois se tornou agnóstico, pois considera a bíblia alterada. Já que não podemos ter acesso aos manuscritos originais. É um grande estudioso americano sobre o Novo Testamento. É presença constante em programas de televisão e rádio por ser uma das sumidades nos estudos sobre o Cristianismo e a vida de Jesus. É super considerado pelas redes NBC, CNN e History Channel.  

26 de agosto de 2011

Spong (Um Novo Cristianismo Para Um Novo Mundo)

John Shelby Spong foi bispo episcopal anglicano de Newark por 24 anos, até se aposentar em 2000. Ele é um dos principais porta-vozes do cristianismo liberal e participou de programas como 60 Minutes; Good Morning, America; Fox News Live e Extra.





"Um novo cristianismo para um novo mundo" é um livro revelador. John Shelby Spong mostra que o cristianismo tem sido utilizado como instrumento de poder da Igreja e dos homens, seja para vencer seus medos, para justificar os absurdos da vida ou mesmo para subjugar aqueles que são de alguma maneira, diferentes - na cor da pele, nas crenças ou nas preferências sexuais. Spong prega uma nova Igreja, onde haja amor, justiça e respeito pelas diferenças. Ele indica os caminhos de uma reforma que vai abalar todos os velhos conceitos sobre o que ou quem é Deus e até mesmo sobre a veracidade de alguns fatos bíblicos - se essa renovação não for feita, pode haver graves conseqüências para a humanidade e para a própria fé em Deus e em Jesus. Por vezes perturbador, na medida em que coloca em questão até a própria fé, da maneira como é encarada atualmente, este livro se torna, no final, um alento, um chamado para que o homem deixe de lado suas preocupações tribais e hierárquicas e busque o Deus que é vivo e presente em toda a humanidade, e não um ser sobrenatural e isolado numa redoma divina e celeste. Só assim será possível que o cristianismo, hoje agonizante, não venha a morrer.

24 de agosto de 2011

Os Evangelhos

O problema não é se os Evangelhos são históricos ou não. Isso é problema da Arqueologia e da História. O negócio é que os textos dos Evangelhos possuem um papel social distinto, pelo fato de ser uma defesa de partido (teologia apologética). É evidente que os textos passaram por um longo processo hermenêutico. E isso confere uma interpretação do que está sendo lido. Então, não se pode somente reproduzir os conteúdos. Portanto, aconselho uma leitura rigorosa dos Evangelhos. Por exemplo: “Ao contrário do Evangelho segundo Lucas, em Marcos Jesus não aparece em Jerusalém e arredores, mas será visto apenas na Galiléia, terra de origem sua e da comunidade de seus discípulos” (Pe. José Luiz do Prado, O Evangelho nasce do povo, 2008, p. 62).

23 de agosto de 2011

Teologia da Esperança


IGREJA: AGENCIADORA DO FUTURO

Moltmann deixa as interpretações existencialistas (Bultmann, Tillich, Barth, Brunner) para gestar uma teologia que englobe aspectos sociais, políticos e escatológicos ao cristianismo.
Partindo do conceito da promessa, que se dá no AT, Moltmann conclui que revelação de Deus se dá na história da promessa. Buscar uma revelação na subjetividade humana, na transcendência, nas provas ontológicas de Deus, na teologia natural e na revelação progressiva – esta por entender que Cristo é seu ponto decisivo – não corresponde à revelação bíblica que se vê no AT e NT.
Com os trabalhos de teólogos exegéticos tanto do AT como do NT, Moltmann procura uma revelação que se distancie da subjetividade e transcendentalidade baseadas na filosofia grega.
É na história que se dá a revelação de Deus, nos atos realizados e nas profecias cumpridas na história. O discurso não é metafísico, mas fatível.
É, ainda mais, com a ressurreição de Jesus Cristo que se inicia a promessa e a abertura para o futuro. A ressurreição é prolepse do que será o futuro, mas o futuro não se esgota com a ressurreição, mas antes, confirma antecipadamente a promessa da glória e do senhorio do futuro Reino de Deus.
Como se constrói este futuro? Como e com que se alimenta esta esperança? Moltmann recorre ao que ele chama de missão. É aí que se encontram suas concepções eclesiológicas.
Esta abertura para o futuro começa com o comissionamento apostólico da Igreja Primitiva e as aparições do Ressuscitado. Essas aparições só é compreensível se o próprio Jesus ressuscitado ainda tem um futuro, um futuro universal em favor dos povos da terra.
A igreja, portanto, é chamada para mediar à presença de Cristo, que por sua vez media o futuro de Deus. Cabe à igreja ser construtora da realidade futura, e não apenas intérpretes da história (como é visto nas concepções milenaristas). À igreja é dada a tarefa de trazer o futuro para o presente.

BIBLIOGRAFIA

DISCHINGER, Benno. Jürgen Moltmann: uma teologia amante da vida. Disponível em:<http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=13092&cod_canal=46>. Acesso em: 19 ago. 2011.
GONÇALVES, Alonso. A Eclesiologia de Jürgem Moltmann na Teologia da Esperança. Revista Theos – Revista de Reflexão Teológica da Faculdade Teológica Batista de Campinas. Campinas: 5ª Edição, V.4 - Nº2 – Dezembro de 2008. ISSN: 1908-021. Disponível em: <http://www.revistatheos.com.br/Artigos/Artigo_06_1_01.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2011.
MOLTMANN, Jürgen. Teologia da Esperança: Estudos sobre os fundamentos e as conseqüências de uma escatologia cristã. 3ª ed. rev. e atual. São Paulo/SP: Editora Teológica: Edições Loyola, 2005. 469 p.
SOUZA, Giovani Pereira de. Jürgen Moltmann: A teologia da esperança. Disponível em: <http://www.ejesus.com.br/teologia/jurgen-moltmann-a-teologia-da-esperanca/>. Acesso em: 19 ago. 2011.


18 de agosto de 2011

Moltmann e Boff


BENNETT RECEBERÁ JÜRGEN MOLTMANN E LEONARDO BOFF

Nos dias 31 de agosto e 01 de sentembro o Centro Universitário Metodista Bennett receberá a visita do teólogo alemão Jürgen Moltman para realização de duas conferências. E do teólogo brasileiro Leonardo Boff. Ambos ministrarão a aula de abertura do segundo semestre e travarão um diálogo sobre: "Sob o signo da Esperança - Os direitos humanos e o direito da Terra". 

Instituto Metodista Bennett – Rua Marquês de Abrantes, 55 - Flamengo - Rio de Janeiro - Brasil.
Telefone: (21) 3509-1000

16 de agosto de 2011

Jesus um revolucionário (Gerd Theissen)

Jesus juntou-se com João Batista a confessar seus pecados. "Como todo mundo, ele também espera o julgamento iminente de Deus" (O Jesus Histórico, p. 569). Em seu próprio ministério, o Jesus histórico ensinou que o tempo antes do final tinha sido prorrogado, pela graça de Deus, mas que o mal já havia sido superado, como mostrado em seus exorcismos. Jesus escolheu doze discípulos para governar a Israel prestes a ser restaurado. A crença em um Deus que traria salvação para os pobres, fracos e doentes estavam no centro de sua mensagem. Theissen escreve, "sua visão de futuro a regra de Deus era a de uma grande refeição compartilhada em que judeus e gentios já não eram divididas por mandamentos sobre comida e limpeza" (op. cit., P. 571). Jesus era um itinerante com uma "ética radical de liberdade da família, posses, casa e segurança" (op. cit., P. 571). Jesus predisse que Deus iria substituir por um novo templo no lugar do velho, e ele deliberadamente atacou a legitimidade do templo na ação simbólica de limpeza do templo. A aristocracia judaica prendeu por suas críticas ao templo, mas o acusaram diante de Pilatos do crime político de tentar ser um pretendente real. Ele foi condenado a ser executado, e seus discípulos fugiram.
"Depois de sua morte, Jesus apareceu primeiro, quer para Pedro ou a Maria Madalena, então aos discípulos de várias juntas. Tornaram-se convencido de que ele estava vivo. A expectativa de que Deus iria finalmente intervir para trazer a salvação foi cumprida de forma diferente da maneira pela qual eles esperavam. Eles tiveram que reinterpretar Jesus destino inteiro e sua pessoa. Eles reconheceram que ele era o Messias, mas ele era um Messias sofredor, e que não tinham em conta. Lembravam-se de que Jesus tinha falado de si mesmo como o homem - especificamente quando ele foi confrontado com esperanças excessivamente elevados em si mesmo Ele havia dado o termo geral homem – a dignidade messiânica e esperava que ele fosse crescer para o papel deste homem e que cumpri-la no futuro próximo agora. Viram que ele era o homem a quem de acordo com uma profecia em Dan 7 Deus daria todo o poder no céu e na terra Para eles, Jesus tomou um lugar ao lado de Deus. A fé cristã tinha nascido como uma variante do judaísmo... Um judaísmo messiânico que só gradualmente separado de sua religião mãe no curso do primeiro século" (Op. cit., P. 572).

14 de agosto de 2011

Gerd Theissen (Jesus Histórico)


Gerd Theissen tem escrito vários livros sobre Jesus de Nazaré. Mencionamos na década de setenta, uma série de ensaios sobre pós-graduação sociologia do cristianismo primitivo . Em seguida, na década de oitenta publicou um romance intercaladas com ensaios, intitulado À Sombra de Galileu . Recentemente, ele publicou seu trabalho mais extenso sobre o Jesus da história. Referimo-nos ao trabalho recente de Gerd Theissen e Merz Annette, O Jesus histórico . É um excelente trabalho acadêmico e relatório detalhado sobre o assunto. Theissen faz uma contribuição para o aperfeiçoamento de métodos para determinar quais palavras são verdadeiras de Jesus de Nazaré. Adicionar um critério adicional para discernir um evento histórico ou dito em relação a Jesus de Nazaré. Ele chama o seu método o critério de plausibilidade. Este critério é desenvolvido em função do critério de dissimilaridade. É afirmar que uma tradição é provável que seja o Jesus histórico se ele se encaixa dentro do judaísmo do tempo de Jesus. As palavras de Jesus devem ser viáveis ​​em seu contexto histórico e social. Após isso, digite uma descrição Theissen contexto social dos ditos de Jesus de Nazaré. O problema é uma metodologia que usa primário funcionalismo, sociológico. Para Theissen função ideológica da cultura é facilitar a homeostase social. Os ditos de Jesus trabalharam para criar a homeostase social. Um exemplo disso está na sua discussão sobre as parábolas e o reino de Deus. Theissen aponta que "Em suma, o reino de Deus é revelado como a nova comunidade de Israel, o fruto da justiça e da bondade de Deus, que integra os grupos marginalizados e para a prática de comportamento interpessoal novo através imitatio dei (1999: 384). Outro exemplo deste tipo de leitura é encontrado na análise dos ditos sobre amai os vossos inimigos "ou uma característica da tradição jesuática reside na exigência de que a imitação de Deus com a generosidade e a não-violência é praticada por aqueles ... que se sentem impotentes, perseguido e humilhado "(1999: 437). Em suma, Theissen faz Jesus em uma espécie de reformador social que foi mal interpretado vítima deste mal-entendido por seus contemporâneos.

13 de agosto de 2011

Hyam Maccoby (Jesus Histórico)


Hyam Maccoby escreve (8/5/01): "Eu escrevo sobre as origens cristãs do ponto de vista de um estudioso de antigos escritos judaicos, incluindo o Mar Morto, o Mishnah, o Talmud, e os Midrashim. Minha visão sobre as origens cristãs é que Jesus era um judeu messias figura que não tinha intenção de começar uma nova religião. O verdadeiro fundador do cristianismo como uma religião separada foi Paulo. Jesus morreu numa cruz romana, porque ele era considerado uma ameaça para a ocupação romana da Judéia, não porque ele foi considerado herético ou blasfemo pelas autoridades religiosas judaicas, os fariseus. Seu oponente judeu foi o Sumo Sacerdote, que era nomeado Romano, que atuou para a política, motivos não religiosos, em prender Jesus. Como Theudas, e alguns outros contemporâneos messias-figuras, contou com a esperança de intervenção divina, que ele pensou que iria ter lugar no Monte das Oliveiras".

7 de agosto de 2011

Jesus, filho de Deus







Richard A. Horsley (Jesus Histórico)

Horsley descreve sua visão do Jesus histórico, com estas palavras (Jesus e a espiral de violência, pp 207-208):
A preocupação central do reino de Deus na pregação de Jesus e a prática, no entanto, é a libertação e o bem-estar do povo. Compreensão de Jesus sobre o "reino de Deus" é semelhante na sua perspectiva mais ampla para a espera confiante expressa em seguida, contemporânea da literatura apocalíptica judaica. Ou seja, ele tinha absoluta confiança que Deus iria restaurar a vida da sociedade, e que isso significaria julgamento para aqueles que oprimiam o povo e vingança para aqueles que aderiram fielmente a vontade de Deus e respondeu para o reino. Isto é, Deus estava iminente e atualmente efetuar uma transformação histórica. Na linguagem moderna, que seria rotulado de "revolução".

O impulso principal da prática de Jesus e na pregação, no entanto, foi para manifestar e mediar à presença do reino de Deus. No evangelho tradição das palavras de Jesus e ações, podemos observar o reino presentes na experiência do povo de maneiras distintas. Jesus e seus seguidores celebravam as alegrias do reino presentes em banquetes festivos. No curas e perdão dos pecados e nos exorcismos, pessoas individuais experimentaram a libertação da doença e de forças opressivas e a nova vida efetuada por ação de Deus. Interpretação de Jesus dos exorcismos, por outro lado, aponta para as implicações mais amplas da presente acção de Deus entre o povo. Isto é, desde os exorcismos são, obviamente, ser efetuada por Deus, é claro que o governo de Satanás foi quebrado. Mas isso significava também que a ordem opressora estabelecida mantida pelo poder de Satanás (de acordo com a visão apocalíptica dualista da realidade que foi partilhada por Jesus e seus contemporâneos) também foi sob julgamento. A velha ordem foi de fato sendo substituída por uma ordem político-social nova, isto é, o "reino de Deus", que Jesus estava convidando o povo a "entrar".
Na verdade, Jesus estava envolvido em catalisar a renovação do povo, Israel. Longe de ser essencialmente um "professor" de verdades eternas ou um pregador de uma catástrofe cósmica pedindo autêntica "decisão", Jesus ministrou "às ovelhas perdidas da casa de Israel." Ele convocou o povo a reconhecer a presença do reino e para entrar no reino, mas se não responder à crise histórica, ele não hesitou em pronunciar o julgamento. É precisamente na pronuncia contra aldeias inteiras ou contra o toda (pecador) "geração" que podemos perceber que Jesus não era simplesmente abordador dos indivíduos, mas estava chamando para uma resposta coletiva e social.

Apesar de não dizer que Jesus era anti-família, Horsley diz que Jesus chamou de "aliança renovada comunidades locais concebida em termos não-patriarcal familiar" (op. cit., P. 240). Ao contrário dos cínicos, os discípulos de Jesus "focado suas atividades sobre a revitalização da vida da comunidade local" (op. cit., P. 231). Estas comunidades foram chamadas para ser igualitária. Horsley argumenta que não há nenhuma evidência de um movimento "zelote" contínuo fundada em 6 CE, mas sim que os Zelotes se surgiu apenas no meio da revolta judaica. Tenta usar Zelotes como uma folha de um Jesus apolítica estão equivocados. Horsley argumenta que as passagens em que Jesus associa com os publicanos e os pecadores são invenções apologética contra a falsa acusação de que Jesus convivia com os ímpios. Porque todos pertenciam a Deus no pensamento judaico, o "render" palavra de Jesus em Marcos 12:17 foi ostensivamente nominal enquanto na verdade, defendendo o não pagamento do tributo. Jesus chamou para uma revolução social no qual o povo "o povo estava para entrar um novo espírito de cooperação e assistência mútua, mesmo em relação aos seus inimigos locais" (op. cit., P. 325), enquanto na antecipação da política revolução a ser feita por Deus.

5 de agosto de 2011

Jesus e Javé

BLOOM, Harold. Jesus e Javé: os nomes divinos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006. 274 p.

A personagem literária “mais ou menos histórica”, Yeshuá de Nazaré, é o “enigma dos enigmas” (p. 13), é personalidade perdida dentro da história teológica de Jesus Cristo, que, quando sofre uma tentativa de resgate histórico – a busca pelo Jesus histórico, sucumbe em uma historicidade não muito confiável, já que, segundo o autor, quem pesquisa o Jesus histórico só consegue encontrar uma pálida imagem, distorcida, de si mesmo (p. 21, 37, 137), “reflexão da própria fé ou do próprio ceticismo” (p. 25). Já Jesus Cristo, filho do Deus Pai (personagem menor), é apenas Deus teológico, fruto dos escritos de Paulo e de João (p. 18). De Yeshuá de Nazaré, dentro desse contexto, pouco ou nada se pode falar. De Jesus e Javé, por outro lado, muito se pode falar principalmente que ambos não são de uma mesma essência (ou substância) (p. 14) e nem que são pai e filho, ou, no máximo, que o filho tornou-se muito diferente do pai “pais e filhos podem às vezes ter confrontos inflamados, na literatura e na vida” (p. 203, 199-207).

Indubitavelmente, o Jesus histórico existiu, mas jamais será encontrado, nem precisa sê-lo. Jesus e Javé: os Nomes Divinos não visa à busca. Meu único objetivo é sugerir que Jesus, Jesus Cristo e Javé são três personagens totalmente incompatíveis, e explicar como e por que isso se dá (p. 21).

Essas incompatibilidades entre as personagens apontadas pelo autor estão, em primeiro lugar, em suas próprias origens – nos textos (ou texto) e nas leituras e desleituras, e, em segundo lugar, em seu desenvolvimento nos espaços de fé e no desenvolvimento cultural civilizador (ou não) ocorrido na aproximação-diálogo com elas.

4 de agosto de 2011

Geza Vermes (Jesus Histórico)

Geza Vermes retrata o Jesus histórico como um professor carismático, curandeiro e exorcista, que acreditavam no Reino breve-a-ser-realizado de Deus. Jesus era um Hasid, um homem santo da Galiléia, em analogia com outros homens santos, como Hanina ben Dosa. Jesus também era um profeta, alguém que espera uma ação decisiva do Deus de Israel em um futuro próximo. Jesus usou o "filho do homem" termo apenas como um circunlóquio para sua própria pessoa ou para as pessoas em geral. Juntamente com outros galileus, Jesus tinha pouco interesse nos assuntos halakhic que consumiu os fariseus, na verdade, Jesus ostentava-los "em sua mesa de comunhão com os publicanos e as prostitutas" (Jesus e o Mundo do Judaísmo , p. 11). O conflito entre Jesus da Galiléia e os fariseus seria "meramente ter-se assemelhado a em luta de facções pertencentes à mesma entidade religiosa, como aquela entre Karaites e Rabbanites na Idade Média, ou entre os ramos ortodoxos e progressistas do judaísmo nos tempos modernos "(op. cit., pp 11-12). Como João Batista, Jesus foi preso e executado porque ele foi visto a ser popular com o povo, e isso por si só justifica a suspeita de intenções sediciosas.

2 de agosto de 2011

Stevan L. Davies (Jesus Histórico)



Acabar com o modelo improdutivo do Jesus histórico como um professor, Stevan Davies propõe que a posse espírito desempenhou um papel crucial no Cristianismo primitivo. Os próprios textos - Atos, John, Paul - nos dizem tanto. Davies usa pesquisa antropológica atual sobre possessão espiritual, a fim de lançar nova luz sobre a história do cristianismo primitivo. Davies especula que Jesus desenvolveu uma personalidade alternativa como "o espírito de Deus", pelo qual ele expulsou demônios em suas curas. Desta forma, é possível que muito do material ditos e provérbios em João como Q de "Ninguém conhece o Pai senão o Filho" reflete uma tradição dos ditos de Jesus como possuído pelo espírito de Deus. Davies explica as origens do cristianismo na teorização que teve lugar sobre as experiências disassociative. Para a idéia de que Jesus era divino, ele levou apenas uma equação simples de identificar Jesus com o seu alter-ego como o espírito de Deus. Desta forma, a teoria de Davies cumpre um critério que é negligenciado em muitas reconstruções, a de explicar o desenvolvimento da teologia cristã da vida do Jesus histórico. Para mais completa comentário, consulte o resumo do próprio Davies no link abaixo.