31 de maio de 2011

Educação Cristã Infanto Juvenil

Neste final de semana, me impressionei, com uma garota da 6ª série que resumiu um livreto, acerca do personagem bíblico - Josué. Isso mostrou que a menina sabe interpretar o que lê. Ao contrário de outros adolescentes que não tem muita afinidade com os estudos. Para mim foi um animo a mais, para continuar, ministrando o estudo bíblico infanto juvenil.

Leia o trabalho: 

30 de maio de 2011

Consversa entre dois velhos "amigos"

Se quiser aconpanhar a conversa de Bultmann e Barth - sobre a teologia de ambos clique aqui  e  se congratule com os dois maiores teólogos que a História da Igreja já conheceu. 

O ÚLTIMO FOLHETO! email

Todos os domingos à tarde, depois da missa da manhã na igreja, o velho padre e seu sobrinho de 11 anos saíam pela cidade e entregavam
folhetos sacros.

Numa tarde de domingo, quando chegou à hora do padre e seu sobrinho
saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também
chovia muito. O menino se agasalhou e disse:

-Ok, tio padre, estou pronto. '

E o padre perguntou:

-'Pronto para quê?':

-'Tio, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos. '

O padre respondeu:


-'Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito. '

O menino olhou surpreso e perguntou:

-'Mas tio, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?'

O padre respondeu:

-'Filho, eu não vou sair nesse frio. '

Triste, o
menino perguntou:

-'Tio, eu posso ir? Por favor!'

O padre hesitou por um momento e depois disse:

-'Filho, você pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado, filho. '

-'Obrigado, tio!'

Então ele saiu no meio daquela chuva. Este menino de onze anos
caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos
sacros a todos que via.

Depois de caminhar por duas horas na chuva, ele estava todo molhado,
mas faltava o último folheto. Ele parou na esquina e procurou por
alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam totalmente
desertas. Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e
caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a
campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas
ninguém abriu a porta. Ele esperou, mas não houve resposta.

Finalmente, este soldadinho de onze anos se virou para ir embora, mas
algo o deteve. Mais
uma vez, ele se virou para a porta, tocou a campainha e bateu na porta
bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda. Ele
tocou de novo e desta vez a porta se abriu bem devagar.
De pé na porta estava uma senhora idosa com um olhar muito triste. Ela
perguntou gentilmente:

-'O que eu posso fazer por você, meu filho?'

Com olhos radiantes e um sorriso que iluminou o mundo dela, este
pequeno menino disse:

-'Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de
dizer que JESUS A AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu
último folheto que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR. '

Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora.
Ela o chamou e disse:

-'Obrigada, meu filho!!! E que
Deus te abençoe!!!'

Bem, na manhã do seguinte domingo na igreja, o Padre estava no altar,
quando a missa começou ele perguntou:

- 'Alguém tem um
testemunho ou algo a dizer?'

Lentamente, na última fila da igreja, uma senhora idosa se pôs de pé.
Conforme ela começou a falar, um olhar glorioso transparecia em seu rosto.

- 'Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Vocês sabem
antes do domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu a algum
tempo deixando-me totalmente sozinha neste mundo. No domingo passado,
sendo um dia particularmente frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu
coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança
ou vontade de viver.

Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão
da minha casa. Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na
cadeira e coloquei a outra ponta da corda em volta do meu pescoço.
De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido, eu estava a ponto
de saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Eu
pensei:

-'Vou esperar um
minuto e quem quer que seja irá embora. '

Eu esperei e esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa
que estava tocando também começou a bater bem forte. Eu pensei:

-'Quem neste mundo pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa ou
vem me visitar. '

Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta,
enquanto a campainha soava cada vez mais alta.

Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na
minha varanda estava o menino mais radiante e angelical que já vi em
minha vida. O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês!
As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que
estava morto há muito tempo SALTASSE PARA A VIDA quando ele exclamou
com voz de querubim:,

-'Senhora, eu só vim aqui para dizer QUE JESUS A AMA MUITO. '

Então ele me entregou este folheto que eu agora tenho em minhas mãos.

Conforme aquele anjinho
desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e atenciosamente li
cada palavra deste folheto.

Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu
não iria precisar mais delas. Vocês vêem - eu agora sou uma FILHA
FELIZ DE DEUS!!!

Já que o endereço da igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui
pessoalmente para dizer OBRIGADO ao anjinho de
Deus que no momento certo livrou a minha alma de uma eternidade no inferno. '

Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos na igreja.
o Velho Padre desceu do altar e foi em direção a primeira fila onde o
seu anjinho estava sentado. Ele tomou o seu sobrinho nos braços e
chorou copiosamente.

Provavelmente nenhuma igreja teve um momento tão glorioso como este.

Bem aventurados são os olhos que vêem esta mensagem. Não deixe que ela
se perca, leia-a de novo e passe-a adiante.

Lembre-se: a mensagem de
Deus pode fazer a diferença na vida de alguém próximo a você.

Por isso...

- Me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de
dizer que JESUS TE AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu
último folheto.

29 de maio de 2011

Conhecendo o livro de Eclesiastes

Eclesiastes 1.2,3 – (Coélet – Pregador)

2 Vaidade(hébel) de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
3 Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? (Bíblia Online).

CONTEXTO SOCIAL

A Edição Pastoral da Bíblia sustenta que se trata de um livro profundamente crítico, lúcido e realista sobre a condição do povo, por volta do século III AC, quando a Palestina era então colônia da dinastia macedônica dos Ptolomeus, ao qual devia pagar pesados tributos, que eram arrecadados pela família dos Tobíadas, que controlava o comércio, a economia e a política interna. (Pirâmide da injustiça – Eclesiastes 5. 7,8).

Definição de vaidade

Significado: um sopro no ar, um vapor, um hálito. A expressão ganha conotação como: fugaz, inútil, sem sentido, vazio, efêmero, transitório, bolha de sabão, sem permanência, correr atrás do vento (1. 14,17; 2.26) e névoa de nada. [1]

Hebraico: havel  havalim
Latim: vanitas vanitatum
Português: vaidade das vaidades

Definição de trabalho

O primeiro conceito é amal, traduzido aqui por trabalho. Não é conceito usual para trabalho, designando aqui muito mais o trabalho escravizante, que provoca fadiga naquelas pessoas que o realizam. Poderia ser traduzido de forma mais trivial por “trabalheira” ou “ralação”.  De qualquer forma, expressa a intensa atividade laborial ou comercial que, por sua dinâmica e complexa estruturação, não permite ver os resultados da atividade investida. [2]

Definição de ‘proveito’ ou ‘lucro’

Em estreita ligação com amal vem o termo yitron, traduzido aqui por ‘proveito’ e que literalmente significa ‘aquilo que sobra’, o ‘resto’ ou o ‘lucro’. O termo pode se referir ao âmbito das transações comerciais, indicando, assim, o lucro deste tipo de atividade para quem a realiza. Em Coélet, porém, este termo da tradição comercial é utilizado para fazer a pergunta filosófica fundamental: “o que é que realmente resta ao ser humano de toda sua trabalheira debaixo do sol?”. Nesse sentido poderia ser entendido de forma mais ampla e não somente restrito ao âmbito das relações econômicas. Coélet pergunta sobre o verdadeiro proveito de uma vida com muito ‘ralação’ debaixo daquele sistema de trabalho escravizante. A pergunta pelo ‘proveito’ é, no fundo, uma pergunta pela possibilidade de sentido  e qualidade de vida. [3]

Sentido da expressão “debaixo do sol”

A expressão ‘debaixo do sol’ é significativa; pode indicar de forma geral a dimensão cosmológica, isto é o sol natural, mas também pode ser entendida como referência velada ao sistema de dominação dos gregos a partir do Egito, nos qual os governantes portam no estandarte o sol  como símbolo do seu poder. [(...) debaixo do sol? Ecl 1. 3]. [4]

CONCLUSÃO

O Eclesiastes “leva o homem a descobrir que a própria realização é viver intensamente o momento presente, percebendo-o como lugar de relação com Deus que dá a vida. Intensamente vivido, o momento presente se torna experiência da eternidade, saciando a sede que o homem tem da vida. Todavia, para que se possa de fato viver o presente é preciso usufruir o fruto do próprio trabalho (2.10; 2.24; 3.13,22; 5,18-20; 9.9)”. [5]

Fernando de Oliveira


[1] Kivitz, Ed René. O livro mais mal-humorado da Bíblia: a acidez da vida e a sabedoria do Eclesiastes. São Paulo: Mundo Cristão, 2009. p. 12.
[2] Reimer, Haroldo (org.). Eclesiastes. A sabedoria de viver e conviver. São Leopoldo: Cebi, 2006. p. 13-15.
[3]  Ibid., p. 13-15.
[4]  Ibid., p. 13-15.
[5] Bíblia. Português. Edição Pastoral da Bíblia. Tradução por Ivo Storniolo et. al. Paulus Editora, 1991. p. 816.



28 de maio de 2011

Natureza do pecado

A NATUREZA DO PECADO[1]

“Quanto mais santo alguém é, tanto mais sente a luta”.
Lutero[2]

Introdução

Pecado é um conceito que não pode ser usado, senão num sentido religioso. Pela revelação que podemos definir o fato do pecado. Pecado é aquilo que quebra a comunhão com Deus. A essência do pecado consiste em que o homem não é dominado por Deus, mas é alguma coisa separada dele. Pecado não são simplesmente atos isolados, ou alguma coisa imperfeita, mas uma direção perversa da vontade, que implica num desvio do destino essencial dado por Deus ao homem.
Quando o homem é designado pecador, isto é um julgamento religioso que tem referencia ao homem como um todo. Não há uma divisão do homem dentro de uma parte inferior e sensória que é o assento do pecado e, uma parte superior e espiritual, que está fora do arco do pensamento.

1.       Pecado como um conceito religioso.

No campo ético, a questão é sobre o bom e o mau, o certo e o errado, mas não sobre pecado. Quando o conceito de pecado é removido da esfera religiosa, ele torna-se fraco e debilitado.
O pecado é um conceito que está em conexão inseparável com a revelação para com Deus. Não há pecado que não seja contra Deus (Sl 51.40: Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares).
 Não podemos dividir pecado em duas classes: pecados contra Deus e pecados contra o próximo. Estes não existem sem que não sejam pecados contra Deus. O pecado contra o próximo torna-se pecado, justamente porque é pecado contra Deus.
A revelação divina revela o pecado. A fé cristã percebe o pecado mais claramente à luz da revelação do amor divino na obra de Cristo.[3]

2.      Pecado como descrença.

A relação religiosa fundamental, é comunhão com Deus, segue-se que a essência do pecado é alguma coisa que quebra e impede essa comunhão e causa a separação entre o homem e Deus. Os reformados afirmaram que a essência do pecado era descrença, eles deram ao conceito uma definição pertinente (Rm 14.23: Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado).

3.      Pecado como perversão da vontade.

Pecado não pode ser entendido como consistindo simplesmente de pensamentos ou atos individuais isolados, característica do pelagianismo. Os vários pecados dependem da condição do “coração”. Aquilo que vem do coração contamina o homem (Mt 15.18; Lc 16.15: E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação). Pecado não é algo “acidental” que está “mais ou menos” livremente em conexão com o homem e que podemos estar aptos a separar para nós, mas é, pelo contrário, algo que envolve e caracteriza o ser íntimo do homem, sua personalidade, nada é mais essencial ao homem que a inclinação de sua vontade.

4.      Uma concepção total.

Não podemos dividir o homem em uma parte mais baixa, que seria o “assento” do pecado e, uma parte mais alta, que ficaria fora dessa esfera. Encontramos a idéia da divisão em Schleiermacher,[4] ele faz uma distinção entre o sentimento mais baixo, sensual, e o mais alto, espiritual. Em seu modo de dizer, pecado consiste na vitória do sentimento sensual, sobre o mais alto, ou seja, o sentimento de Deus.
Segundo Lutero, nada há mais certo à fé cristã do que não possuir o homem área alguma imune ao pecado e que seja aceitável a Deus.
O julgamento de que o homem é pecador é um julgamento total, aplica-se ao todo do homem, e, portanto, também ao “íntimo” e “espiritual”. Consequentemente, a salvação também se aplica ao todo do homem.
        
5.      A polêmica pelagiana-agostiniana.

A bíblia, não apenas afirma a universalidade do pecado, mas atribui a solidariedade no pecado à origem comum da humanidade:

Rm 5.12: Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.
ICo 15.21: Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.
IICo 5.14: Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram.

Para Pelágio,[5] cada homem é criação imediata de Deus e, por isso, inocente e capaz de obedecer a Deus. Os efeitos do pecado de Adão recaíram só sobre Adão mesmo. Mas, não pecam todos? Sim. Isso, não por uma ligação qualquer com Adão, mas porque lhe seguem o exemplo. Poderia cada um deixar de fazê-lo. Cada um traz sobre si a morte espiritual por inteira responsabilidade, visto que poderia deixar de pecar. Segue o exemplo de Adão. Por que não segue o exemplo de Cristo? Cristo é o modelo, e ele nos salva exatamente por ser o modelo.
Agostinho[6] afirmava que cada homem é criação mediata, e não imediata, de Deus. Deus criou-nos, ao criar o primeiro homem, pois criou-o com o poder de procriar. E como nossos pais nos geraram pecadores toda raça é depravada, incapaz e condenável. O pecado de Adão, causou na humanidade toda a corrupção e a morte. Nós estávamos nele quando ele pecou. Estávamos nele seminalmente, germinalmente. Somos salvos por Cristo porque ele efetivamente se uniu a nós e nós unimo-nos a ele.[7]
Sl 51.5: Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
Ef 2.3: Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.   

6.      Pecado, Morte e Vida.

O poder do pecado sobre o ser humano se baseia no fato de que ele lhe promete vida, uma vida mais plena e rica. Isso é, seu “engano” (Rm 7.11: Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou). Somente assim se explica que, segundo Paulo, o pecado pode tomar o mandamento de Deus por “pretexto”, a fim de apoderar-se do ser humano: O mandamento de Deus é dado ao ser humano para a vida. Sua observação deve ajudar-lhe a preservar a vida recebida de Deus (Dt 32.47; Lv 18.5: Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, observando-os o homem, viverá por eles. Eu sou o SENHOR). A cobiça que se dirige ao proibido, acredita saber melhor o que serve para a vida. Ela induz o ser humano a suspeitar de uma tendência biofóbica da Lei, como se uma observação da mesma encerrasse uma renúncia a algo que faz parte da riqueza da vida (Gn 3.4: Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis). Assim, de acordo com Paulo, a Lei se torna instrumento do domínio do pecado, expondo aos olhos do ser humano a vida, fornecendo desse modo o motivo para que a cobiça tome em vista a vida, agora, porém, de tal modo que põe a Lei de lado. Por isso o ser humano, no anseio de viver, entra em contradição não somente com uma lei que restringe exteriormente seu autodesdobramento, e sim, também com sua própria razão que como diz Paulo, concorda com a Lei de Deus (Rm 7.22: Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus), mas está desesperadamente sujeito ao cego impulso em busca de realização da vida.[8]

David Rubens de Souza
Pindamonhangaba-SP. 21 de novembro/2010
prdavidrs@hotmail.com




[1] Aula de Hamartiologia no Seminário Teológico em Taubaté 27/11/2010.
[2] Martinho Lutero (1483-1546): teólogo ale­mão, considerado o pai espiritual da Reforma Protestante. Foi o autor de uma das primeiras traduções da Bíblia para o alemão, sua tradu­ção suplantou as anteriores. Além da quali­dade da tradução, foi amplamente divulgada em decorrência da sua difusão por meio da imprensa, desenvolvida por Gutemberg em 1453.
[3] FERREIRA, Julio Andrade (org). Antologia Teológica. São Paulo: Fonte Editorial, 2005. p. 318.
[4] Fridrich Daniel Ernst Schleiermacher (1768-1834). Estudioso alemão com frequencia citado como pai da teologia liberal moderna.
[5] Pelágio (354-415). Monge britânico, o qual teria declarado que o esforço e o mérito humanos podem operar a salvação sem necessidade da graça divina.
[6] Aurélio Agostinho (354-430): conhecido como Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho, bispo católico, teólogo e filósofo. É considerado santo pelos católicos e doutor da doutrina da Igreja.
[7] FERREIRA, Julio Andrade (org). Antologia Teológica. São Paulo: Fonte Editorial, 2005. p. 341.
[8] PANNENBERG, Wolfhart. Teologia Sistemática Vl. 2. São Paulo: Academia Cristã; Paulus, 2009. p. 382.


27 de maio de 2011

Do Renascimento à Pós-modernidade

A presente história da filosofia, clara e documentada, conduz o leitor do fim da Idade Média ao limiar do século XXI. Depois de uma lembrança substancial das figuras clássicas – de Bruno e Bacon a Kant, Hegel e Marx –, a obra empreende preencher um vazio importante. Com efeito, quase não existe uma história que dê tanta atenção à filosofia da segunda metade do século XX e os grandes problemas contemporâneos. Privilegiando o estudo da filosofia em ligação com a evolução das ciências, das técnicas, das éticas e das políticas, a obra jamais perde de vista o contexto histórico do desenvolvimento de nossa civilização multicultural e tecnocientífica. Ela introduz de modo preciso nas grandes correntes de ideias, como evolucionismo, a psicanálise ou a bioética..., ao pensamento de personalidades marcantes como Nietzsche, Husserl, Heidegger e Wittgenstein..., aos movimentos filosóficos que fizeram escola – o neopositivismo, o pragmatismo, a fenomenologia, a hermenêutica, o estruturalismo, a filosofia da linguagem, a Escola de Frankfurt –, assim como os debates atuais na dobradiça da modernidade e da pós-modernidade, tanto na França (com Simondon, Lyotard, Foucault, Deleuze, Derrida...) com nos Estados Unidos (Kuhn, Rorty, Engelhardt...) – ver contra capa.

25 de maio de 2011

Ricardo Gondim - Homossexualismo

As críticas vieram! E o pastor Ricardo Gondim, soube se defender muito bem. Pois, a vertente evangélica que é contra a união homoafetiva, logo se revoltou contra o posicionamento do pastor. Mas, ele, apenas coroborrou com o direito jurídico dos homossexuais. Coisa que alguns cristãos deviam parar e pensar, porquanto, amam mais a sua verdade do que amam ao próximo. O pastor concedeu uma entrevista a Revista Carta Capital clique aqui e saiba a noticia na integra "Como nos tempos da Inquisição". 

24 de maio de 2011

Miquéias 4

3 E julgará entre muitos povos, e castigará nações poderosas e longínquas, e converterão as suas espadas em pás, e as suas lanças em foices; uma nação levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.

Miguel Nicolelis


O vídeo é curtíssimo, mas a reflexão sobre Deus e o cérebro é muito inteligente.  clique

Filogênese do Sistema Nervoso

O crescimento do número de neurônios de associação aconteceu de forma agrupada e em uma das extremidades dos seres vivos, o que seria mais tarde sua cabeça. Durante os deslocamentos, os animais percebiam mais rapidamente as mudanças do meio através desses neurônios agrupados nessa extremidade e podiam elaborar resposta mais rápidas, livrando-se de perigos, para encontrar alimento, para perpetuar a espécie ou para se manter nos territórios e sobreviver.
Essa extremidade se especializou em explorar ambientes e por isso foi aparelhada com boca, olhos, ouvidos, pele e nariz, enfim, todos os órgãos dos sentidos. Devido a sua importância, esse agrupamento de neurônios foi protegido por um crânio e deu ao homem a capacidade de elaborar tarefas mais finas, como simples movimento de pegar os garfo e levá-lo à boca ou segurar um lápis e realizar um registro no papel.
Fonte: RELVAS, Marta Pires. Fundamentos Biológicos da Educação: Despertando inteligências e afetividade no processo de aprendizagem. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2009. p. 11,12.

22 de maio de 2011

ALESSANDRO ROCHA


Recomendo a leitura. Este livro, na minha opinião, tem um conteúdo devocional, além de uma boa interpretação do texto bíblico, portanto deve ser lido por todos. O Cristianismo devia ser a religião do corpo, mas não é o que estão fazem por aí. Desse modo, agradeço a Alessandro por resgatar esta parte (corpo) perdida do Cristianismo que, se desfez com a ideia, de que o corpo é a "prisão da alma".



20 de maio de 2011

Biblioteca de Pinda - livros a venda


Neste final de semana você encontra livros na biblioteca de Pindamonhangaba, com preços que vão de R$ 1,00 a R$ 45,00. Então, venha comprar! E se divirta com a linda paisagem do lugar em frente ao rio Paraíba.

BIBLIOTECA PÚBL. MUNIC. "VER. RÔMULO C. D'ARACE"
Criada através  da  Lei   nº  14, de 13 de fevereiro de 1941. A Biblioteca além  de ser um local para pesquisas, consultas, sala de leitura, ainda promove: Mini Sebo (troca e venda de livros e revistas usadas), reuniões da Academia Pindamonhangabense de Letras, Concurso Nacional e Internacional de Trovas da UBT-União  Brasileira de Trovadores e a Hora do Conto.
VER. RÔMULO CAMPOS D'ARACE: Veio para  Pindamonhangaba com 2 anos de idade. Foi Técnico em Laticínio no "Haras Paulista", formou-se em Jornalismo. Foi um dos fundadores da Rádio Difusora de Pindamonhangaba (onde atuou como Radialista e redator do Jornal Radiofônico Difusora), do Jornal "7 Dias" e do Rotary Club de Pindamonhangaba. Tornou-se Vereador em 1952.   Dentre seus muitos trabalhos escritos, deixou o livro "O Retrato da Princesa do Norte".
Tel: 3645-1701 / 3643-2399
Ladeira  Barão de Pindamonhangaba S/N - Bosque da Princesa




19 de maio de 2011

Samba a gente não perde o prazer de cantar!

Teologia Liberal

TEOLOGIA LIBERAL, UMA DEFINIÇÃO

por
David Rubens

O termo Teologia Liberal, tencionava indicar um livre método de investigação histórico-crítico das fontes da fé e da teologia, que não se sentisse vinculado aos dados posteriores da tradição dogmática. A Teologia Liberal nasceu da burguesia européia do século XIX com a Teologia Protestante. Tem seus antecedentes históricos na Filosofia da Religião de Hegel[1] e na Teologia de Schleiermacher.[2] Não é uma escola bem definida, se podem distinguir diferentes linhas de pensamentos. É chamada de Teologia Liberal a interpretação racionalista do Novo Testamento (Baur,[3] Strauss[4]) da primeira metade do século XIX. É designada como liberal a reflexão do teólogo de Göttinger, Albrecht Ritschl,[5] e de sua escola, que incluía teólogos sistemáticos como Hermann,[6] estudiosos do Antigo Testamento como Welhausen,[7] do Novo Testamento como Jülicher,[8] historiadores como Harnack[9] e filósofos da religião como Troeltsch.[10]

Suas características eram:

A)                   Leitura predominantemente ética do cristianismo;
B)                   Assunção rigorosa do método histórico-crítico e de seus resultados;
C)                    Relativização da tradição dogmática da Igreja, e particularmente da cristologia.

Os documentos mais significativos da Teologia Liberal são: A Essência do Cristianismo de Harnack e a Absolutidade do Cristianismo de Troeltsch.

Conclusão:

Por Teologia Liberal entende-se toda tentativa teológica que, em nome do método histórico-crítico e de seus resultados, exige uma revisão dogmática ou uma relativização da cristologia.



David Rubens
prdavidrs@hotmail.com
Pindamonhangaba-SP
27-01-2011    


[1] Georg Wilhelm Friedrich Hegel (Estugarda, 27 de agosto de 1770Berlim, 14 de novembro de 1831) foi um filósofo alemão. Recebeu sua formação no Tübinger Stift (seminário da Igreja Protestante em Württemberg). Era fascinado pelas obras de Spinoza, Kant e Rousseau, assim como pela Revolução Francesa. Muitos consideram que Hegel representa o ápice do idealismo alemão do século XIX, que teve impacto profundo no materialismo histórico de Karl Marx.
[2] Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher (Breslau, 21 de novembro de 1768Berlim, 12 de fevereiro de 1834) foi pregador em Berlim na Igreja da Trindade, deu aula de Filosofia e Teologia em Halle an der Saale. Traduziu as obras de Platão para o alemão. Foi influenciado por Kant e Fichte, mas não se tornou um idealista subjetivo. Foi corresponsável pela aparição da teologia liberal, negando a historicidade dos milagres e a autoridade literal das Escrituras. Schleiermacher tentou tornar a fé cristã palatável aos que foram educados e influenciados pelo pensadores iluministas.
[3] Ferdinand Christian Baur (21 de junho de 1792 - 2 de dezembro de 1860) foi um teólogo alemão e líder da escola de teologia de Tübingen. Seguindo Hegel na teoria da dialética, Baur argumentou que no segundo século o cristianismo representou a síntese de duas teses opostas: o cristianismo judaico e cristianismo paulino.
[4] David Friedrich Strauss (Ludwigsburg, Alemanha, 27 de Janeiro de 1808 - 8 de Fevereiro de 1874) foi um teólogo e exegeta alemão. Em Setembro de 1825 iniciou os seus estudos de teologia no seminário protestante de Tübingen, sendo depois professor no seminário de Maulbroon. Discípulo de Hegel, tornou-se muito conhecido após a publicação, em 1835, da obra Vida de Jesus, que causou escândalo nos meios religiosos da Alemanha. Para Strauss, o sucesso do cristianismo explicava-se por um "mito de Jesus", que teria sido forjado pela mentalidade judaica dos tempos apostólicos, e que não poderia ser sustentada pela ciência moderna - perspectiva depois adaptada por Ernest Renan na sua Vida de Jesus.
[5] Albrecht Ritschl (25 de março de 1822 - 20 de março de 1889) foi um teólogo alemão. Segundo Ritschl, a fé era entendido como sendo irredutível a outras experiências, fora do âmbito da razão. A fé, disse ele, não veio de fatos, mas a partir de juízos de valor. "Divindade de Jesus, ele argumentou, foi melhor entendida como a expressão do “valor-revelacional” de Cristo para a comunidade que confia nele como Deus.
[6] Johann Wilhelm Herrmann (1846-1922) era um teólogo reformado alemão. Hermann ensinou em Halle e depois foi professor em Marburg . Influenciado por Kant e Ritschl, via Deus como o poder da bondade. Jesus era visto como um homem exemplar. Mesmo que Jesus nunca existiu, de acordo com Herrmann, seu retrato tradicional ainda era válido. Seu livro A Comunhão do Deus cristão era visto como um dos destaques do século XIX.
[7] Julius Wellhausen (17 de maio de 1844 - 7 de janeiro de 1918) foi um estudioso da Bíblia e um orientalista alemão. Nasceu em Hameln, Weser (Westphalia). Tornou-se conhecido especialmente por sua atuação na análise do Antigo Testamento e pelo desenvolvimento da Alta crítica e da hipótese documental. É um dos grandes nomes da teologia liberal.
[8] Jülicher Adolf (1857-1938) foi um estudioso e exegeta alemão. Foi professor de História da Igreja e Exegese do Novo Testamento, na Universidade de Marburg. Teorizava que Jesus não afirmou ser o Messias , mas que a igreja primitiva tinha reivindicado que era. Segundo esta teoria, o autor do evangelho de Marcos tinha inventado a idéia de "segredo messiânico", segundo a qual Jesus tentou esconder sua identidade, e só revelou a alguns de seus discípulos.
[9] Adolf von Harnack (Dorpat, Estónia, 7 de maio de 1851Heidelberg, 10 de junho de 1930) foi um teólogo alemão, além de historiador do cristianismo. Suas duas obras mais conhecidas são o Lehrbuch der Dogmengeschichte ("Manual de história do dogma", em três volumes) e a série de palestras Das Wesen des Christentums ("A essência do cristianismo"), texto clássico da teologia liberal.
[10] Ernst Troeltsch (Haunstetten, hoje bairro de Augsburgo, 17 de Fevereiro de 1865Berlim, 1 de Fevereiro de 1923) foi um teológo alemão que ao lado de Max Weber elaborou alguns conceitos relacionados à religião. Na obra The Social Teaching of the Cristinan Churches, Troeltsch, visando analisar a organização religiosa dentro dos parâmetros burocráticos, fez a distinção de igreja e seita. A primeira significa um organismo religioso grande e bem-estabelecida, exemplo típico é a Igreja Católica. A segunda refere-se a um agrupamento menor de fiéis, geralmente iniciado em protesto aos rumos tomados por uma determinada igreja, os calvinistas podem ser apontados como representantes de uma seita.