22 de março de 2011

Ferreira Gullar - Viajem Literária

Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira) nasceu em São Luis do Maranhão, em 1930. Em 1954 publicou A Luta corporal, caracterizado por experiências verbais que fizeram dele o precursor da poesia concreta no Brasil. Participou do movimento concreto e fundou com Lygia Clark, Hélio Oiticica e outros o movimento neo-concreto. Em 62 engajou-se na luta pelas reformas sociais e presidiu o Centro Popular de Cultura, escrevendo livro de ensaio sobre cultura, sociedade, movimento de vanguarda e literatura. Durante a ditadura militar, foi preso e teve de exilar-se. Viveu em Moscou, Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires, onde escreveu o aclamado Poema Sujo (1976). Entre seus últimos livros estão Muitas vozes (1999) e Relâmpagos (2003). Publicado e reconhecido em diversos países, em 2002 foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura.

Viajem Literária
Bate-papo com escritor: literatura para todos/Junho de 2010
Pindamonhangaba
Local: Biblioteca Pública/Bosque da Princesa
Ladeira Barão de Pindamonhangaba, s/nº


Frases que Ferreira Gullar utilizou no dia 02jun2010 às 9h.

A vida é uma coisa inventada (cultura).
Nós somos os valores que criamos. As virtudes, os comportamentos...
Vivemos para o outro.
É o outro que me carrega nele.
A vida não é pré-determinada.
Invenção fortuita. Você tem que ter as qualidades necessárias para chegar aonde você quer.
O homem nasceu incompleto.
O homem inventou Deus, para que ele o criasse (ele disse que é agnóstico).
Quando eu morro é como se eu nunca tivesse existido, para mim.
O poema escolhe você.
O poema passa a fazer parte da vida do outro.
Aquilo que ajuda de fato as pessoas é o que sobrevive.
A poesia sobrevive por causa das perdas.
Quando a morena vai embora, tudo que nos resta é a poesia.
A poesia é resultado do espanto, e da capacidade de construção.
Eu me ocupo com outras coisas, e quando acontece o espanto, eu escrevo.
Mal consigo responder sobre as coisas que existem, como explicarei as hipotéticas.

Ferreira Gullar


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