1. Crítica Textual
A crítica textual procura restituir o texto sagrado, quanto for possível, à sua pureza primitiva.
A) O problema
Comparando os manuscritos da Bíblia – Antigo Testamento ou Novo Testamento vemos que existe entre eles uma infinidade de variantes. O Novo Testamento conta com 200.000 variantes. O trabalho de comparação dos manuscritos é estafante. Atualmente se têm revelado mais simples, as famílias por recensões, as recensões por códices-fontes. Desta forma, basta ir aos códices-fontes de onde derivam os demais manuscritos.
B) Causas das variantes
As variantes podem provir.
a) Ou por faltas não deliberadas dos copistas, tais como omissões de sílabas ou palavras, adições inconscientes; erros de vista ou de audição; agregados litúrgicos (Mt 6,13); glosas marginais (1Jo 5,7-8).
b) Ou por alterações deliberadas, como:
· Motivos estilísticos;
· Correções reais geográficas (Jo 1,28), históricas (Mc 15,25 e Jo 19,14), dogmáticas (Lc 2,33; Mt 1,16; 1Co 15,51);
· Omissões (Lc 22,43-44);
· Adições intencionais (Jo 5,4; 7,39; nos evangelhos sinóticos especialmente, as particularidades de um evangelho passaram a outros.
C) Regras gerais da crítica textual
1ª) A leitura genuína é aquela da qual derivam outros. Em Mt 1,16 e 1Co 15,51 por escrúpulo dogmático derivam-se outras leituras.
2ª) Deve-se dar preferência a leitura mais difícil. Ver Rm 7,25.
3ª) A leitura breve é melhor que a ampla. Ver Jo 7,39.
Por fim, às vezes e preciso recorrer a conjecturas. Este método é perigoso e expõe-se a critérios pessoais. No entanto, em algumas ocasiões podem alcançar resultados satisfatórios.
Fonte: Alday, Salvador Carrillo. Bíblia: como se lê. 2ª Ed. São Paulo: Editora Ave-Maria, 1998.
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