De acordo com Marías (2000 apud Freston, 2011, p. 51) “(...) o cristão se vê como alguém inconfundível, com nome próprio, amado por Deus, em convivência com os irmãos, livre e responsável, capaz de arrepender-se, projetivo e amoroso, e aspirando a sobrevivência. A essa sobrevivência Marías dedica boa parte do seu livro, consistente com a sua afirmação de que “a ressurreição e núcleo essencial do cristianismo”. Mas o importante é que essa ressurreição é “da carne”, ou seja, é a salvação da realidade inteira. Essa salvação é denominada por ele “vida perdurável” (melhor do que “vida eterna”, já que teve começo, mas esperamos que nunca termine). A vida neste mundo é “escolha de vida perdurável””.
Lembrando Bultmann o que se salva desta vida é a “vida autêntica”, um pouco semelhante à Marías. A ideia de perdurar aquilo que é amável, benigno, bom, fiel, manso, justo etc. Ou seja, uma vida plenamente realizada. Uma salvação rica, que compreenda que o “Reino de Deus está dentro de cada um de nós (Lc 17.21). Não valorizando outra vida no além, em detrimento do aqui e agora. Vida eterna é, portanto vida perdurável. Eduardo Galeno diria que é “um outro mundo que está na barriga deste”. Vale a pena viver!
Fonte: freston, Paul. A perspectiva cristã. In: Revista ultimato. O céu aberto. Viçosa, MG: Ano XLIV, Nº 329, Mar/Abr. 2011.
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