Pela linguagem colorida, carregada de símbolos e imagens, ao longo dos séculos o livro do Apocalipse continua a dar asas à imaginação, como o mostram a história da arte, o cinema, as novelas e as obras esotéricas e fantasiosas da ficção científica.
Os fundamentalistas enfatizam os aspectos que jamais foram os mais importantes do Apocalipse: a identificação dos personagens do passado com as de hoje (o 666, a besta, a Babilônia) e os hipotéticos indícios do fim do mundo. Outros, ao contrario da palavra grega apocalipsis – desvendar, revelar –, parecem ocultar, falsificar seu conteúdo.
Para os biblistas Eduardo Arens e Manuel Díaz Mateos, que atuam no Peru, o Apocalipse ensina a viver a felicidade corajosa em meio ao mundo e ao conflito, confiante na vitoria de Cristo. Por isso se esforçam por adentrar em seu mundo, em sua simbologia, em sua linguagem, e para compreendê-lo em seus termos e de acordo com seus conceitos e categorias, estudando o pano de fundo, as estruturas e dimensões implícitas – literárias, sociais, políticas, históricas, religiosas, ideológicas, psicológicas – com as quais ele inter-relaciona e que sustentam sua mensagem.
A presente obra quer ser uma ponte entre a ciência bíblica e a grande maioria dos fiéis, para os quais o Apocalipse deve ser uma palavra carregada de sentido e esperança. Está dividida em três partes independentes que podem ser lidas separadamente:
· abordagem dos dados históricos e literários que permitem uma melhor contextualização histórica e uma compreensão mais fundamentada do Apocalipse.
· leitura continua do texto integral, destacando-se os principais blocos temáticos ou unidades.
· reflexões sobre os principais temas teológicos e de interpretação que completam a leitura ininterrupta da obra.
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