8 de setembro de 2011

“Desafio quem despreza o corpo a pensar sem o corpo” (Friedrich Wilhelm Nietzsche)

A Teologia Cristã não se configura mais como rainha das ciências. Atualmente, se sabe que as ciências humanas (a saber, as ciências cognitivas) dão conta de explicar, boa parte, da realidade e da complexidade humana.
Nesse contexto, a Teologia Cristã se encontra em um estado na qual ela precisa ser revista e compreendida, enquanto fenômeno religioso. Visto isso à ‘Metafísica’ não é o único caminho indiscutível usado para interpretar a realidade e o ser humano.     
Todo teólogo que se presa, não pode afirmar que desconhece o caráter epistêmico da Teologia Cristã. Sempre orientada pelo discurso “mítico- metafísico-platônico”, cujo fruto é a univocidade da verdade discursiva do real.
Além disso, seus métodos metafísico-ontológicos imperam soberanamente. À medida que os processos laborais da dogmática e da exegese foram submetidos a essa teoria de conhecimento.
Portanto, a Teologia Cristã tem um problema sério a ser resolvido. Ou ela muda sua base epistemológica ou continua sendo instrumentalização de “palavras estético-normativas” [1] (RIBEIRO, 2011, p. 275), cuja finalidade é sempre de manterem um discurso unívoco que procura abarcar as idéias sobre-humanas e aplicá-las ao mundo do fenômeno.    


[1] RIBEIRO, Osvaldo Luiz. Ontologia, Metáfora e Fenomenologia: uma classificação contemporânea para as teologias. Rev. Pistis Prax., Teol. Pastor., Curitiba, v. 3, n. 1, p. 269-288, jan./jun. 2011. Disponível em: <http://www2.pucpr.br/reol/index.php/pistis?dd1=4577&dd99=view>. Acesso em: 22 abr. 2011.


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