Putz! A coisa tá feia.
2ª parte
Campus do IBAD
Continuando...
Segundo ano
Logo, quando, sai de férias em 2009; um mês antes, havia me disponibilizado a ajudar o pastor (David Rubens) da igreja Tabernáculo, onde congrego. E, comecei trabalhando de ajudante do curso livre de teologia SETEVALEH, no mês de novembro. De modo que só preenchia os formulários de inscrição dos alunos e recebia os pagamentos. Mas quando voltei das férias (viajem para BH/ES/SP – DEZ/MAR de 2009/2010) em 2010, um mês depois das aulas do IBAD terem começado, entre os meses de abril e julho, continuei ajudando o pastor. No entanto, só fiquei apreendendo! Mas no final de julho e começo de agosto; logo depois, das férias do meio do ano. O pastor me convidou para ensinar ‘Religiões Comparadas’ no curvo do SETEVALEH. Quem diria! Que experiência!
Dessa forma, foi justamente, ouvindo as aulas de ‘Teologia Bíblicas do Antigo Testamento’ ministradas pelo pastor David que passei a fazer, uma outra, leitura da Bíblia, pelo menos do Antigo Testamento. Bom! No meio acadêmico essa leitura é, denominada, da seguinte forma, leitura da ‘Bíblia Hebraica’. Que é uma coisa totalmente diferente da leitura devocional que costuma-se fazer. Ou, até mesmo, diferente da leitura ‘dogmática-cristocêntrica-sistemática’ que se faz, às vezes, na escola dominical e em alguns seminários.
Agora, imagine, eu no IBAD estudando durante o ano Livros Históricos e Livros Sapienciais, de uma forma conservadora. Tendo que suportar, a cada minuto, aquela pesquisa ultrapassada. E, ao mesmo tempo, degustando, todo último domingo do mês, uma teologia acadêmica do Antigo Testamento. Não deu pra segurar!
O pastor da igreja me recomendou muitas leituras. Entre autores e autores, que só lendo pra descobrir. Conheçam alguns: Gerhard von Rad, Antonius H. J. Gunnenweg, Hans Walter Wolf, H. H. Howley, Milton Schwantes, Haroldo Heimer e José Luiz Sicré entre outros.
Nestas condições, a melhor parte, foi ter ouvido o pastor contar suas histórias com o teólogo Milton Schwantes. Tais experiências vividas por ele vieram de avião e pousaram no meu coração.
Depois, entre setembro e dezembro, passei a ensinar ‘Arqueologia’ no curso livre de teologia do SETEVALEH. Eram poucos alunos. Mas o que eu estudei, era brincadeira em! Conheci um dos melhores sites de teologia do AT na internet. O Ayrton's Biblical Page do teólogo católico Airton José da Silva. Um detalhe, la você encontra todo tipo de material relacionado ao estudo da Bíblia. Comprei o livro Panorama do Antigo Testamento, do teólogo Martin Rösel, editora EST. Li a Breve História de Israel de Schwantes. Foram muitas indicações bibliográficas de qualidade.
Logo, pode imaginar a mudança que aconteceu na minha teologia. Para quem só lia Karl Barth e estava dando uns vôos na teologia existencialista de Ruldof Bultmann, foi uma guinada.
Portanto, a caminhada estava só começando. Fica em off! Sabe o que é leitura histórico-social da Bíblia? Osvaldo Luiz Ribeiro sabe muito bem! Foi, mais ou menos, entre setembro e outubro que comecei acompanhar o trabalho dele na internet. Mas já havia ouvido falar dele em sala de aula, meu professor de Hebraico (Wellington) foi aluno dele, na Batista do Sul. No terceiro ano vou retomar esse assunto.
Milton Schwantes o amigão do meu pastor (David)
Pelo que ouvi Schwantes é um ser humano maravilhoso! Além de ser um excelente exegeta do primeiro testamento. Muitos livros publicados. Inclusive indico um: ‘Breve História de Israel. 3ª edição ampliada. São Leopoldo: Oikos, 2008. Detalhe, ele só anda com a Bíblia Hebraica e o livro Teologia do Antigo Testamento de G. Von Rad, debaixo do braço.
A leitura que ele faz da Bíblia é, a partir, de uma perspectiva tribalista. Com orientações do teólogo Norman K. Gottwald, assim ele produz teologia do AT. Schwantes diz que: “(...) quis insistir na inclusão de dimensões sociais, para que a História de Israel não se fixasse em demasia nos personagens, mas que refletisse a sociedade. Quis enfocar conflitos e sujeitos populares, assim como o fazem os profetas. Afinal, a profecia é, por assim dizer, quem constituiu a História de Israel.(Contracapa do livro “Breve História de Israel).
Pra finalizar, Schwantes estudou na Alemanha com orientação de Hans Walter Wolf. E conhece muito bem o teólogo Norman K. Gottwald escritor de “Tribos de Iahweh”. Confira a síntese do livro pela editora Paulus, disponível no site de compras:
Usando métodos e conclusões da sociologia e da antropologia, o autor foi capaz de formular modelos alternativos prováveis do tribalismo israelita, visto como um todo estrutural-funcional. O resultado a que o autor chegou é um modelo do primitivo Israel como um movimento de retribalização que conseguiu autonomia dentro da sociedade cananéia. E o distintivo da contra-sociedade israelita era uma forma igualitária de organização sócio política e de uma produção econômica escolhida pelos segmentos da população local que revolucionou a ordem do Estado sob a qual estava sujeita. Essa retribalização como uma contra-sociedade lança uma luz sobre a religião de Javé como um lugar de realidades ideológicas e organizacionais que reforçam o movimento igualitário social. É um livro que dá notável contribuição à teologia da libertação.
Quero falar um pouco de Gerhard von Rad
GERHARD VON RAD - (disponível em: http://www.biblicoteologico.blogspot.com/)
Gerhard Von Rad (21 de outubro, 1901 - 31 de Outubro de 1971) foi um pastor luterano alemão, professor universitário erudito do Antigo Testamento.
Com a experiência de duas guerras mundiais, o mundo de língua alemã começou a virar "anti-Antigo Testamento". Rad, incomodado com a situação, se dedicou ao estudo do Antigo Testamento e, gradualmente, começou a trazer de volta a sua mensagem.
Com a experiência de duas guerras mundiais, o mundo de língua alemã começou a virar "anti-Antigo Testamento". Rad, incomodado com a situação, se dedicou ao estudo do Antigo Testamento e, gradualmente, começou a trazer de volta a sua mensagem.
Seu trabalho conseguiu uma renovação de interesse pela pesquisa no Antigo Testamento. Junto com Martin Norte, investigarão o Pentateuco e trabalharam com a tradição oral para a explicação da sua origem.
Gerhard von Rad nasceu em Nuremberg, Reino da Baviera, Filho de pais luteranos, foi educado na Universidade de Erlangen e na Universidade de Tübingen.
Mais tarde, lecionou na Universidade de Erlangen, 1929. E em 1930, na Universidade de Leipzig.
Mais tarde, lecionou na Universidade de Erlangen, 1929. E em 1930, na Universidade de Leipzig.
De 1934 a 1945 atuou como professor na Universidade de Jena e depois na Universidade de Göttingen 1945-1949.
Depois disso, ele se tornou professor de Antigo Testamento na Universidade Ruprecht Karl de Heidelberg no estado de Baden-Württemberg e lecionou até sua morte em 1971.
Foi-lhe conferido doutoramentos honoris causa na Universidade de Lund, Suécia e Universidade do País de Gales, Reino Unido.
História da Salvação - Gerhard von Rad esforça-se por direcionar a teologia do Antigo Testamento num rumo totalmente novo. Rad cria firmemente que o AT narra repetidas vezes os atos salvadores de Deus na história. No que se refere à história de Israel, ele assumiu uma postura crítica afirmando ser impossível determinar os aspectos históricos básicos do Hexateuco. Para von Rad, “o velho quadro da história de Israel, o qual a igreja tinha formado e aceitado com base no AT, foi destruído pouco a pouco pelo método histórico-crítico”. A erudição histórico-crítico considera impossível que todo Israel estivesse no Sinai ou que estivesse atravessado o mar vermelho e conquistado Canaã de uma só vez.
A força da obra de von Rad é a ênfase na mensagem veterotestamentária de que Deus agiu graciosamente a favor de Israel. Essa convicção ajuda von Rad a defender a validade do AT para a igreja em cada geração.
Conclui-se que no segundo ano as coisas começaram há mudar uma pouco. Passei a abordar a Bíblia de uma perspectiva mais crítica. Lendo as escrituras e analisando sua fonte, sua forma e sua redação.
Férias de 2010.
Continua...
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