9 de setembro de 2011

Quem é Jesus? Em busca do Jesus Histórico

O Jesus Histórico é um assunto muito polêmico. Se Jesus realmente existiu, isso é inquestionável. Agora, o negócio é saber, quem realmente foi Jesus. Desde o Mito de Jesus ao Jesus Salvador (Deus) – tem sido proposto pelos estudiosos contemporâneos. Entre os estudiosos se destacam: Timothy Freke e Peter Gandy, Geza Vermes, Richard Horsley, John Dominic Crossan, Gerd Theissen, John P. Meier, Bart D. Ehrman, NT Wright entre outros.
Assim, fica a pergunta! Quem é Jesus? Começando pelos Evangelhos Canônicos, nos quais existe uma ligeira discrepância entre os Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) e o Evangelho de João. Nos sinóticos Jesus é apresentado como Filho de Deus. Já em João ele é apresentado como o próprio Deus – “como aquele que existia antes da fundação do mundo” Cristo pré-existente (Jo 1.1). Tudo isso revela o longo processo de desenvolvimento que sofreram os Evangelhos. A favor de uma instrumentalização política para controle da nascente Igreja Cristã Primitiva - Philipp Vielhauer  
É quase unânime entre os estudiosos, que Jesus, não é aquele construído pela Igreja no período da Patrística. Pois ali se desenvolveu o Dogma de Cristo, a famosa teoria da “Homoousios to Patri”, na qual Jesus é identificado como sendo da mesma substância do Pai, segunda pessoa da Trindade – Deus (para saber mais leia: Interpretação Psicológica do Dogma da Trindade, Carl Gustav Jung). CONTINUA...

8 de setembro de 2011

“Desafio quem despreza o corpo a pensar sem o corpo” (Friedrich Wilhelm Nietzsche)

A Teologia Cristã não se configura mais como rainha das ciências. Atualmente, se sabe que as ciências humanas (a saber, as ciências cognitivas) dão conta de explicar, boa parte, da realidade e da complexidade humana.
Nesse contexto, a Teologia Cristã se encontra em um estado na qual ela precisa ser revista e compreendida, enquanto fenômeno religioso. Visto isso à ‘Metafísica’ não é o único caminho indiscutível usado para interpretar a realidade e o ser humano.     
Todo teólogo que se presa, não pode afirmar que desconhece o caráter epistêmico da Teologia Cristã. Sempre orientada pelo discurso “mítico- metafísico-platônico”, cujo fruto é a univocidade da verdade discursiva do real.
Além disso, seus métodos metafísico-ontológicos imperam soberanamente. À medida que os processos laborais da dogmática e da exegese foram submetidos a essa teoria de conhecimento.
Portanto, a Teologia Cristã tem um problema sério a ser resolvido. Ou ela muda sua base epistemológica ou continua sendo instrumentalização de “palavras estético-normativas” [1] (RIBEIRO, 2011, p. 275), cuja finalidade é sempre de manterem um discurso unívoco que procura abarcar as idéias sobre-humanas e aplicá-las ao mundo do fenômeno.    


[1] RIBEIRO, Osvaldo Luiz. Ontologia, Metáfora e Fenomenologia: uma classificação contemporânea para as teologias. Rev. Pistis Prax., Teol. Pastor., Curitiba, v. 3, n. 1, p. 269-288, jan./jun. 2011. Disponível em: <http://www2.pucpr.br/reol/index.php/pistis?dd1=4577&dd99=view>. Acesso em: 22 abr. 2011.


As Origens do Cristianismo, segundo Bart D. Ehrman, e a perda da fé

Para a maioria dos estudantes do Novo Testamento, um livro sobre crítica textual é uma real chatice. Os detalhes tediosos não são matéria para um bestseller. Mas desde a publicação em 1 de Novembro de 2005, Misquoting Jesus tem circulado mais e mais alto até o pico de vendas da Amazon. E já que Bart Ehrman, um dos líderes da América do Norte em crítica textual, apareceu em dois programas da NPR (o Diane Rehm Show e Fresh Air com Terry Gross) – ambos em um espaço de uma semana – ele tem estado entre os primeiro cinquenta mais vendidos na Amazon. Em menos de três meses, mais de 100000 cópias foram vendidas. Quando a entrevista de Neely Tucker a Ehrman no The Washington Post apareceu em 5 de Março deste ano as vendas do livro de Ehrman subiram ainda mais. O sr. Tucker falou de Ehrman como um “estudioso fundamentalista que vasculhou tanto as origens do Cristianismo que ele perdeu sua fé”. Nove dias depois, Ehrman era a celebridade convidada no The Daily Show de Jon Stewart. Stewart disse que vendo a Bíblia como algo que foi deliberadamente corrompida por escribas ortodoxos fez da Bíblia “mais interessante… quase mais divina em alguns aspectos”. Stewart concluiu a entrevista declarando, “Eu realmente te parabenizo. É um baita de um livro!” Em menos de 48 horas, Misquoting Jesus chegou ao topo da Amazon, ainda que somente por um curto período. Dois meses depois e ainda está voando alto, ficando entre os 25. Ele “se tornou um de meus bestsellers mais improváveis do ano”. Nada mal para um tomo acadêmico em uma matéria “chata”!
Porque todo o alvoroço? Bem, por uma coisa, Jesus vende. Mas não o Jesus da Bíblia. O Jesus que vende é aquele que é saboroso ao homem pós-moderno. E com um livro intitulado Misquoting Jesus: The Story Behind Who Changed the Bible and Why, uma audiência disponível foi criada através da esperança que haveria novas evidências que o Jesus bíblico é uma imaginação. Ironicamente, quase nenhuma das variantes que Ehrman discute envolve palavras de Jesus. O livro simplesmente não entrega o que o título promete. Ehrman preferiu Lost in Transmission, mas a publicadora achou que tal livro seria percebido pelo pessoal de Barnes e Noble como relacionado a corridas de stock car! Mesmo que Ehrman não tenha escolhido o título resultante, ele foi uma jogada de marketing.
Mais importante este livro vende porque ele apela ao cético que quer razões para não acreditar, que considera a Bíblia um livro de mitos. É uma coisa dizer que as histórias na Bíblia são lenda; outra bem diferente é dizer que muitas delas foram adicionadas séculos depois. Apesar de Ehrman não dizer bem isto, ele deixa a impressão que a forma original do Novo Testamento era bem diferente dos manuscritos que nós lemos agora.
De acordo com Ehrman, este é o primeiro livro escrito sobre a crítica textual do Novo Testamento – uma disciplina que tem circulado por quase 300 anos – para uma audiência leiga. Aparentemente ele não conta os vários livros escritos por advogados da KJV Only, ou os livros que interagem com eles. Parece que Ehrman quer dizer que o seu é o primeiro livro sobre a disciplina geral do criticismo textual do Novo Testamento escrito por um crítico textual de boa fé para leitores leigos. Isto é muito provavelmente verdade.

6 de setembro de 2011

O Novo Testamento e Qumran

Surgiram várias hipóteses indicando que alguns dos personagens do NT seriam provenientes de Qumran ou tiveram contatos com esta comunidade. De fato, quem visita hoje Qumran na recepção vê um filme que informa sobre um personagem que esteve na comunidade, mas que foi expulso por não se adaptar à comunidade. Este personagem é identificado como o Profeta João Batista. E se lermos os evangelhos sinóticos vemos que os traços de João Batista (a radicalidade da sua proposta) têm muito a ver com a comunidade de Qumran.
Outros sugerem que Tiago “irmão do Senhor” (cf. At 12,17; 15,13; Gl 1,19, etc.) pudesse ter ligações com a comunidade e Robert Eisenman até chegou a afirmar que este Tiago seria o Mestre da Justiça da comunidade. Nesses textos, segundo Eisenman, se falaria dos primeiros cristãos e em particular emergiria na sua plena luz o contraste que dividia a corrente de Tiago e aquela de Paulo.
Encontramos também alguns que até chegaram a sugerir que o Apóstolo Paulo viesse desta Comunidade (é bom lembrar que o próprio Apóstolo Paulo várias vezes afirma seu passado como fariseu e nunca como essênio). É interessante ver o paralelismo de certos termos com os escritos do NT. Um dos vocábulos que mais chamou a atenção é “os muitos” ou “maioria” que encontramos em At 15,12 e em 2Cor 2,5-6 e no relato da Eucaristia de Mt 26,27-28; Mc 14,23-24; Lc 22,20. Em Qumran encontramos o mesmo termo seja em relatos jurídicos e celebrativos.
Encontramos também outras expressões como: “justiça de Deus”, “pobres em espírito”, “obras da lei”, “Igreja/Assembléia de Deus”, “a sorte dos santos”, “o Senhor do céu e da terra”, etc. que não são encontrados nos textos rabínicos da época. Textos como 2Ts 2,7 “o mistério da iniqüidade”; o tema paulino da “justificação pela fé” (cf. Rm 3,21-24; Gl 2,16), a figura de Melquisedec lembrada na Carta aos Hebreus, a expressão “ele será chamado Filho de Deus” de Lc 1,35-37, entre outros, também são encontrados nos escritos Qumrânicos.
No entanto, se existem paralelos, encontramos também divergências. E. Stauffer enumera pelo menos oito pontos diferentes entre a comunidade de Qumran e as primeiras comunidades cristãs: 1) um clericalismo maior em Qumran; 2) mais ritualismo e cerimônias; 3) o preceito de amar os filhos da luz e odiar os filhos das trevas; 4) o militarismo e a preparação para a guerra “apocalíptica”; 5) a supervalorização do calendário; 6) o caráter esotérico; 7) a expectativa dos dois Messias; 8) o relacionamento diverso com o Templo, com os sacerdotes de Jerusalém e com a Lei.

4 de setembro de 2011

RESSURREIÇÃO: AS MULHERES E A AUTORIDADE NA IGREJA CRISTÃ PRIMITIVA

A crítica de Marcos à Pedro: a destituição da autoridade petrina na comunidade cristã primitiva.

Jesus, porém, voltou-se, olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro, dizendo: "Para trás de mim, Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens". Macos 8:33
Pedro declarou: "Ainda que todos te abandonem, eu não te abandonarei!" Marcos 14:29
Mas Pedro insistia ainda mais: "Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei". E todos os outros disseram o mesmo. Marcos 14:31
Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. "Simão", disse ele a Pedro, "você está dormindo? Não pôde vigiar nem por uma hora? Marcos 14:37
E logo o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: "Antes que duas vezes cante o galo, você me negará três vezes". E se pôs a chorar. Marcos 14:72

         Marcos (a comunidade que nos deu este Evangelho) parece ser um crítico ferrenho de Pedro. De acordo com a leitura dos respectivos versículos acima, pode-se inferir que exista algo de aposto, em relação aquilo que a igreja constituiu acerca de Pedro. Pois o que comumente se imagina é a autoridade do Apóstolo sobre, as demais, comunidades cristãs primitivas (Mt 16:16).
Mas ao contrario disso, o que pode ser dito, dentro de uma leitura socio-histórica do texto bíblico é, o seguinte: houve uma intrumentalização dos textos dos Evangelhos a favor da autoridade petrina. Segundo Crossan (1995), Jesus ressucitar e aparecer as mulheres no sepulcro nega a autoridade de Pedro. Tanto que Paulo se valeu do mesmo discurso para legitimar seu apostolado (1Co 15. 3-11). Com excessão de Lucas aonde as mulheres são avisadas “por dois homens com veste resplandecentes” (Lc 24.10), Jesus aparece ressurreto primeiro as mulheres, nos demais Evangelhos.
         Há um consenso  entre os estudiosos do Novo Testamento que Marcos é o primeiro Evangelho. Sendo assim, não é novidade para ninguém o título fictício do livro, que antes do século II era conhecido como “Memória dos Apóstolos” (RIVAS, 2008, p. 29). Os manuscritos mais antigos de Marcos chegam até 16.8; no entanto, os demais versículos encontran-se apenas em alguns manuscritos que trazem um resumo da ressurreição. Possivelmente os redatores de Mateus e Lucas fizeram os acréscimo para que a obra não terminace abruptamente. Tendo as mulheres testificando a ressurreição de Jesus, muda-se o totalmente a orientação represenativa da igreja.
Marcos tenta minar a autoridade de Pedro, dando a primazia as mulheres. Mostrando que tudo não passa de uma instrumentalização política para ter autoridade no escopo da comunidade cristã primitiva. Segundo Pagels (2006), a ressurreição tinha uma função consequentemente política e consedia autoridade aquele que houvesse sido alvo da aparição do Jesus ressurreto.

No início do século II, os cristãos compreenderam as possíveis conseqüências políticas de terem “visto o Senhor ressuscitado”: em Jerusalém, quando Tiago, irmão de Jesus, disputou, com êxito, a autoridade com Pedro, uma tradição manteve que Tiago, e não Pedro (e com certeza tampouco Maria Madalena), fora a “primeira testemunha da ressurreição” (pagels, 2006, p. 7-8).
                   
         Conforme afirma Lima (2011, p. 4), “colocar Maria Madalena e outras mulheres – figuras sem papel de liderança na igreja primitiva – como sendo as primeiras testemunhas da ressurreição, de fato, contrariaria o poder de Pedro no cristianismo primitivo”. Foram as mulheres as primeiras a proclamar que Jesus havia ressuscitado dentre os mortos (Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 23. 55-24.10; Jo 20.1-2). Portanto, nada impede de inferir que Marcos concedeu às mulheres autoridade e primazia – nas primeiras comunidades cristãs.


BIBLIOGRAFIA

CROSSAN, John Dominic. Quem matou Jesus? As raízes do anti-semitismo na história evangélica da morte de Jesus. Rio de Janeiro: Imago, 1995.
LIMA JUNIOR, Francisco Chagas Vieira. A corrida pelo poder no cristianismo primitivo: A função política das aparições do Jesus ressurreto. Disponível em: <http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_11497/artigo_sobre_a_corrida_pelo_poder_
no_cristianismo_primitivo:__a_funcao_politica_das_aparicoes_do_jesus_ressurreto>.Acesso em: 4 set. 2011.     
PAGELS, Elaine. Os Evangelhos Gnósticos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.
RIVAS, Luis Heriberto. O que é um evangelho? Introdução geral aos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. São Paulo: Ave-Maria, 2008.

2 de setembro de 2011

Sobre a Biblioteca de Nag Hammadi

A «biblioteca» de Nag Hammadi, encontrada casualmente em 1945, constitui, juntamente com os manuscritos de Qumran, a maior descoberta de textos antigos da Era Moderna. Os textos de Nag Hammadi lançam uma importante luz não só sobre o gnosticismo, mas também sobre vários âmbitos culturais e filosóficos de diferentes épocas: o mundo da especulação filosófica e religiosa (judaica, cristã e pagã) em língua grega dos séculos I a IV, e no âmbito da cultura egípcia, copta, do século IV, no qual existiram interesses variados, não só gnósticos, mas também herméticos, cristãos e maniqueístas. Com esta obra apresenta-se ao público de língua portuguesa a edição integral da Biblioteca de Nag Hammadi. Para além da introdução geral à gnose que inicia o primeiro volume, nos três volumes que constituem a totalidade da BNH, cada texto vem acompanhado de uma breve introdução e de notas informativas que esclarecem as suas dificuldades de compreensão. O primeiro volume apresenta, juntamente com a introdução geral, os escritos de especulação teológica, filosófica, cosmogónica e antropológica. O segundo volume contém os textos que mais se aproximam do Novo Testamento. Os evangelhos complementam-se com discursos revelatórios de Jesus antes da ascensão. O Evangelho de Tomé tem especial importância, uma vez que o material é considerado por alguns investigadores como sendo anterior ou contemporâneo aos evangelhos sinópticos. O terceiro volume recolhe diversos apocalipses e outros escritos sobre temas do Novo Testamento ou sobre o Antigo Testamento na sua projeção face ao cristianismo. De grande interesse são os índices que completam este volume, em particular, o analítico de matérias, que ajudará o leitor a compreender e ordenar o pensamento gnóstico de Nag Hammadi.

1 de setembro de 2011

Os Evangelhos Gnósticos (Elaine Pagels)

A historiadora Elaine Pagels, uma das maiores autoridades mundiais na área de religião, em sua obra clássica sobre os textos cristãos gnósticos descobertos no Egito
 “Intelectualmente elegante e conciso. A clareza e economia com as quais Pagels evoca o mundo dos primórdios do Cristianismo são extraordinárias”. – The New Yorker
“Pagels é sempre fácil de ler, sempre profundamente bem informada, sempre sugerindo caminhos novos aos seus leitores. Como muitos deles, devo-lhe muito pela pesquisa dedicada e sólida, e pela sua clareza de exposição.” – Harold Bloom
Em 1945, um camponês árabe fez uma descoberta arqueológica extraordinária no Egito: um conjunto de textos sagrados de uma das mais antigas seitas cristãs. Em Os Evangelhos Gnósticos – livro vencedor do National Book Award e considerado um clássico por críticos literários e estudiosos da Bíblia – a historiadora Elaine Pagels expõe os princípios do gnosticismo e analisa estes textos para compreender e ilustrar o mundo dos primeiros cristãos. 
Segundo a autora, a descoberta dos 52 escritos na aldeia egípcia de Nag Hammadi “nos permitem vislumbrar a complexidade do início do cristianismo. Começamos a perceber que o cristianismo – e o que identificamos como tradição cristã – representam, na verdade, apenas uma pequena seleção de fontes específicas, escolhidas entre dezenas de outras.”
Ainda de acordo com Elaine, “estudando os textos gnósticos, junto com as fontes de tradição ortodoxa conhecidas há mais de mil anos, podemos ver como política e religião coincidem no desenvolvimento da doutrina cristã e percebemos porque as discussões religiosas acerca da natureza de Deus ou de Cristo têm implicações sociais e políticas que foram cruciais para o desenvolvimento do cristianismo como religião institucionalizada. A análise desses textos reabre, além do mais, questões fundamentais que mostram como o cristianismo poderia ter-se desenvolvido em direções bem diferentes, havendo até a possibilidade de que não tivesse sequer sobrevivido como nós o conhecemos”, conclui Pagels. 
Qual foi a versão do cristianismo que chegou até nós e por que ela prevaleceu? Quem fez a seleção? E por que razões? Por que os outros escritos foram excluídos e proibidos como “heresia”? O que os tornou tão perigosos? São estas algumas das questões que a autora aborda no livro. Uma reconsideração radical sobre as origens da fé cristã.