21 de fevereiro de 2011

DOIS ANOS DE NOIVADO



Hoje faz dois anos que fiquei noivo. E, quase dois anos que estou casado. Portanto, agradeço a Deus pela esposa que tenho. Deisemara eu te amo.


TE AMO

Em uma hora eu TE AMO

Em um dia eu TE AMO

Em uma semana eu TE AMO

Em um mês eu TE AMO

Em seis meses eu TE AMO

Em um ano eu TE AMO

Porque o tempo passa, mas não passa o amor que tenho por você




19 de fevereiro de 2011

Rascunho de Sermão


Confira o video do Jornalista Alberto Villas. Este video me fez refletir sobre o tema: "Vida Imprevisível".Quando ele disse: "que as pessoas fazem compras de supermercado pela internet, e não saem mais na rua para ser surpreendidas por alguns imprevistos, como: 'tomar chuva'". Lembrei-me da mensagem que havia pregado no ano de 2009. Na qual salientei a necessidade de vivermos os imprevistos da vida, diante Daquele que está no controle de todas as coisas, e que não pede conselho para ninguém.
 
Confira:
 
VIDA IMPREVISÍVEL

Imprevisível: Não previsível; diz-se daquilo ou daquele que não se pode prever, ver, saber, examinar ou dizer (conhecer) com antecipação. Ou seja, uma situação na qual “tudo pode acontecer”.

INTRODUÇÃO

Os discípulos, com Jesus, em um barco, em meio à tempestade. Ilustram bem a vida que vivemos. Quando nós entramos no barco entramos crendo, o que aconteceria depois, não sabíamos, pensava-se apenas em chegar ao porto desejado (Sl 107:29, 30). Mas uma certeza nós tínhamos, que se acontecesse alguma coisa; “clamaríamos aquEle que dormia na popa do barco, em uma almofada”. Pois Ele repreende o vento e aquieta o mar. (Mc 4:35-41).

EM DEUS SUPERAMOS O IMPREVISÍVEL

·         Criamos um sistema lógico e previsível para controlar as situações da vida.
·         O problema não está em nos precavermos, isto é, prever a as coisas.
·         O problema é! Não estarmos preparados para o imprevisível. Nestas condições, só em Deus estamos preparados para o imprevisível.
·         Por quê? Nós somos imperfeitos. E Deus é perfeito. Assim sendo, “prever é atitude de um ser perfeito (Deus).”
·         De modo que, somos seres frágeis e caídos. Mas Deus é perfeito e soberano (Ef 1:11).

MUNDO CONTEMPORÂNEO – AVANÇO TECNOLÓGICO E CIENTÍFICO

·         As coisas tornam-se logisticamente (Organização e gestão de meios e materiais para uma atividade! atividadePara uma ação! açãoOu para um evento) controladas.
·         O homem conseguiu dividir bem o tempo. O tempo civil conta-se de 0 a 24 horas a partir da meia-noite, com mudança de data à meia-noite.
·         O homem aliena as pessoas a procedimentos, preceitos, normas e regras que, facilitam a nossa convivência social.

MAS SOMOS SERES HUMANOS

·         As horas não contribuem para a vida atarefada que temos.
·         Nós ficamos doentes (enfermos, acamados, internado etc.).
·         Nós perdemos entes queridos (morte).
·         Nós ainda não nos entendemos uns com os outros.

ENTÃO! O QUE FAZER?

O homem e a mulher podem escolher:
Sartre “O homem é uma paixão inútil”. Continuar se desesperando com a imprevisibilidade (qualidade de imprevisível) da vida, como se fossem um ser para o nada.
Ou...
Bíblia “imagem e semelhança (Gn 1:26)”. Podemos esperar o imprevisível da vida tranqüilo em Deus que, controla todas as coisas pelo seu poder.

18 de fevereiro de 2011

A periferia


Na periferia é assim! Então, ouça o grupo Eclesiastes.

Deus no século XXI: a ideia de Deus como ‘boa vontade kantiana’ na periferia de São Paulo
por Fernando de Oliveira

(...) A boa vontade não é boa pelo que produz e realiza, nem por facilitar o alcance de um fim que nos proponhamos, mas apenas pelo querer mesmo; isto quer dizer que ela é boa em si e que, considerada em si mesma, deve ser tida em preço infinitamente mais elevado que tudo quanto possa realizar-se por seu intermédio em proveito de alguma inclinação, ou mesmo, se se quiser, do conjunto de todas as inclinações. Emmanuel Kant, in 'Fundamentação da Metafísica dos Costumes'

Emmanuel Kant (1724-1804). Esse filósofo prussiano corresponde com a maior ruptura que a teologia cristã já conheceu, ou seja, deu-se em Kant a emancipação da metafísica clássica. Então, pode-se dizer que fomos ‘despertos do sono dogmático’, e quando a teologia descobriu isso foi à mesma coisa que dizer: "Que a relação e o discurso sobre Deus não precisava mais ser orientado pela metafísica platônica". Desse modo, havia de ser determinado o que a ‘razão’ pode, ou não pode, conhecer (em sentido epistemológico). Kant utilizou dois conceitos para definir tal sistema de conhecimento, cujos conceitos são: o fenômeno e o númeno kantiano. O teólogo batista Alessandro Rodrigues Rocha diz que:

“O fenômeno é a coisa para nós ou o objeto do conhecimento propriamente dito, é o objeto enquanto sujeito do juízo. O númeno é a coisa em si ou o objeto da metafísica, isto é, o que é dado ao pensamento puro, sem relação com a experiência”.[1]

            Nestas condições, esta afirmação mostrou que o sujeito do conhecimento só poderia conhecer aquilo que se configura no ‘tempo e no espaço’ - fenômeno. Em detrimento, do conhecimento que não é apresentado à sensibilidade, de modo que o pensamento puro não produz conhecimento (Episteme), isto é, verdadeiro conhecimento - númeno.

         Assim, nas palavras do filósofo e economista Eduardo Giannetti “não há estado mental sem um correlato neurofisiológico que o corresponda”.[2] Com o avanço na neurociência, hoje sabemos um pouco mais que Kant, pois todo conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa.
Em nível epistemológico isso é fantástico! Na concepção teológica abre a possibilidade de interpretar Deus de outra forma, que não seja, necessariamente, aquela do mundo das ideias platônica. Onde o mundo verdadeiro é o mundo das reminiscências, da alma preexistente que contemplou todo conhecimento ideal, mas que infelizmente esta presa no mundo sensível.
Portanto, Kant deu um soco no estômago da teologia cristã platônica. Que teve que procurar outra plataforma epistemológica para construir o Cristianismo. Logo, a teologia cristã não se resume a um ‘dualismo’ entre o mundo ideal e o mundo sensível, em uma disjunção ultra-mundo desvinculada do mundo do fenômeno, na qual a trama da história se desenrola.
Dessa forma, a caráter da fenomenologia da religião. Deus pode ser interpretado como a ‘boa vontade kantiana’ que dá sentido para a vida e conduz o individuo a uma comunidade de amor, na qual os crentes procuram vencer as intempéries (mau tempo) do cotidiano. Isso na esfera religiosa. Em contrapartida, sabemos que os fiéis sofrem muito na periferia paulistana com a falta de conhecimento. E a única coisa que resta é a igreja evangélica ou outro segmento religioso, durante a noite, após um penoso dia de trabalho.
Posteriormente na capital paulista não é diferente para o restante da população. Os paulistanos da periferia têm que conviver com a falta de acesso ao conhecimento. Enquanto, a política pública poderia esta resolvendo o problema da falta de informação, cultura, e educação de qualidade, que levasse os munícipes a se promoverem em sua auto-transcendência, ou seja, romper os limites habituais da entrega a violência e criminalidade.
Em conclusão, a teologia cristã tem um desafio! De não manter uma relação com esse tipo de política institucional. Que cria um ‘novo dogma’ para a igreja, o mercado da fé. Mas esta é a situação do evangelho na Brasil, e em especial na cidade de São Paulo. Aqueles que vão à igreja a procura do “vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Estão sendo surpreendidos pela mensagem, que diz:  "entrega seu dinheiro, se não os gafanhotos cortador, migrador, devorador e destruidor irão roubar todo seu dinheiro, até seu último centavo". Isso é pura metafísica platônica, para aqueles que nem conhecem Platão. Isso é exatamente o que diria Nietzsche “cristianismo é um platonismo para o povo”. Por fim, graças a o filósofo prussiano a teologia cristã tem a oportunidade de pregar autonomia religiosa aos cristãos e a emancipação do mundo das idéias, para o mundo histórico da vida.    



[1] Alessandro R. Rocha. Uma Introdução a Filosofia da Religião: um olhar da fé cristã sobre a relação entre filosofia e religião na história do pensamento ocidental. p. 118. 
[2] Eduardo Giannetti. Sempre um papo. Falando sobre o livro “Ilusão da Alma”. Disponível em <http://www.sempreumpapo.com.br/audiovideo/player.php?id=214> acessado em: 29/01/2011.





17 de fevereiro de 2011

FÉ E DESCRENÇA




Fé e descrença


por


Fernando de Oliveira



A este propósito sobre ateísmo e teísmo ambos tende-se a uma questão paralela a analisar, pois existe uma linha finíssima que separa o teísta e o ateu; as palavras de Alessandro Rocha apud Bruno Forte (2007, p. 78), resumem bem este dualismo “à dúvida que se apresenta irmã da própria fé”. [1] Entretanto, pode-se dizer que existe uma necessidade de tornar a experiência de fé uma cognição, da qual se venha compreender a fé da melhor maneira possível. Portanto, segundo o teólogo católico Jung Mo Sung (2008), "Fé tem a ver com prática e não com cognição". [2] Não que seja impossível tornar a fé uma linguagem conhecida, pois, em toda história do cristianismo a busca de “crer para entender” sempre foi importantíssima. Por isso, Ruth Tucker (2008, p. 137), diz que:


Não deveríamos nos sentir ameaçados pela suprema pergunta do tipo “E se?”. E se nossas crenças bíblicas forem falsas? Se forem, ainda poderíamos olhar para trás na vida com uma sensação de satisfação e segurança, sabendo que cuidamos fielmente da criação e servimos os seres humanos, nosso semelhante – sempre praticando muitas boas ações? [3]

           
Desse modo, a dúvida pode até levar a descrença, no entanto, nada melhor do que praticar aquilo que Cristo ensinou nas Escrituras. Trata-se de viver uma vida digna de uma pessoa que ama o próximo; é como João Batista [4] no momento de dúvida, entender que podemos “organizar a festa, mas não participar dela”, ou seja, “preparar o caminho”. Somos apenas as agulhas, na verdade quem vai para festa é a bela roupa tecida com a mais “fina linha” [5] da costureira, nós apenas vivemos para o próximo. Assim fazendo, vamos conseguir andar sobre essa linha finíssima que traça a vida cristã em meio às dúvidas. Segundo Jürgen Moltmann apud Jeal Paul (2005, p. 216), “tanto a realidade de Deus como a esperança da ressurreição estão ligadas entre si tanto na fé como na descrença”. [6]

Tudo quanto foi dito recorda a Teologia da dúvida; segundo Alessandro Rocha apud Paul Tillich (2007, p. 78):


Fé é certeza na medida em que se baseia na experiência do sagrado. Mas ao mesmo tempo a fé e cheia de incerteza, uma vez que o infinito, para o qual ela está orientada, é experimentado por um ser finito. Esse elemento de insegurança na fé não pode ser anulado; nós precisamos aceitá-lo. [7]

           
Desta maneira, pode-se dizer que a Teologia da dúvida não é aquela questionada pelo cético ou pelo cientista, é a chamada dúvida existencial referente à fé, a inquietude do coração, isto é, a dúvida de quem crê. É a dúvida do pai com um filho possesso de um espírito mudo. [8] Entende-se que uma fé que não é desafiada corre o risco de desaparecer em meio aos questionamentos da crença cristã na Bíblia, em Jesus Cristo e até mesmo no próprio Deus Trino. Precisamos ter coragem! Segundo Jung Mo Sung (2008), "Quem não tem dúvida, não sabe o que é ter fé. Não precisa orar". [9]

Portanto, ao passar pelo vale da descrença não recue ao ponto de deixar a fé; e que na beligerância da vida cristã, Deus venha forjar a nossa fé “para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro (...)”. [10] Que no mar da inquietude do coração nossa crença se estabeleça como a certeza que Deus existe. Até mesmo porque “Deus é”!    




Bibliografia:

Bíblia. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal Antigo e Novo Testamento. Tradução por João Ferreira de Almeida. Editora CPAD, 1995.   
Moltmann, Jürgen. Teologia da Esperança: Estudos sobre os fundamentos e as conseqüências de uma escatologia cristã. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Teológica: Edições Loyola. 2005.
Rocha, Alessandro. Teologia Sistemática: no horizonte pós-moderno. 1. ed. São Paulo: Editora Vida. 2007.
23 Ago.2008. Ricardo Gondim, Luiz Felipe Pondé e Jung Mo Sung debatem e Descrença - Mundo Cristão promove debates na Bienal do Livro. Data 06/8/2008 – disponível em http://www.mundocristão.com.br/ 
Tucker, Ruth. Fé e Descrença: o drama da dúvida na vida de quem crê. 1. ed. São Paulo: Editora Mundo Cristão. 2008.


[1] Rocha, Alessandro. Teologia Sistemática: no horizonte pós-moderno. 1. ed. São Paulo: Editora Vida. 2007. p. 78.
[2] 23 Ago.2008. Ricardo Gondim, Luiz Felipe Pondé e Jung Mo Sung debatem e Descrença - Mundo Cristão promove debates na Bienal do Livro. Data 06/8/2008 – disponível em www.mundocristão.com.br 
[3] Tucker, Ruth. Fé e Descrença: o drama da dúvida na vida de quem crê. 1. ed. São Paulo: Editora Mundo Cristão. 2008. p.  137.
[4] V. Mt. 11. 1-5.
[5] Lembrando Machado de Assis em seu conto “Um apólogo”.
[6] Moltmann, Jürgen. Teologia da Esperança: Estudos sobre os fundamentos e as conseqüências de uma escatologia cristã. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Teológica: Edições Loyola. 2005. p. 216.
[7] Rocha, op. cit., p. 78.
[8] V. Mc. 9. 24.
[9] 23 Ago.2008. Ricardo Gondim, Luiz Felipe Pondé e Jung Mo Sung debatem e Descrença - Mundo Cristão promove debates na Bienal do Livro. Data 06/8/2008 – disponível em www.mundocristão.com.br  
[10] V. 1Pe. 1. 7.