15 de maio de 2011

Equívoco sobre a Igreja


Breve resumo dos capítulos 3 e 4 do livro: BRUNNER, Emil. Equívocos sobre a Igreja. São Paulo: Editora Cristã Novo Século, 2004.

OS APÓSTOLOS E A COMUNIDADE
Emil Brunner discorre sobre a relação do apostolado e da comunidade cristã. Porquanto, através do testemunho dos apóstolos a igreja foi estabelecida. Mas, segundo Brunner este acontecimento de apostolicidade da Igreja é transitório, pois nasce de ‘per nefas’, isto é, de um radical mal entendido.
Nestas condições, pode-se destacar o ‘testemunho dos apóstolos’, como recipientes primários da palavra, que logo em seguida transmitem aquilo que os foi confiados por Jesus para segundos e, assim, sucessivamente, gerando uma dependência apostólica, enquanto, autoridade transmissora da palavra e não autoridade administrativa.     
Em contrapartida, existe outro mal entendido referente às comunidades que receberam a palavra dos apóstolos. Esta situação, se da na diversidade de comunidades cristã (Igreja Jerusalém, Igreja Paulina e Igreja Joanina) reunidas em um bem comum que é ‘Cristo’. Sempre o apostolado foi motivo de discussões entre as respectivas igrejas, dando origem a seguinte, pergunta: Quem é a autoridade canônica – hierárquica – constituída?
Logo, no NT lê-se que Jesus Cristo enviou seus discípulos com autoridade apostólica e sob a sua Palavra e, também, como representantes legais para dar coerência à crescente Igreja Cristã. De modo que a Ecclesia subsiste pela tradição escriturística, pois “a Escritura é a norma de todo dogma, porque ela cristaliza a forma primária da tradição e por isso torna-se reguladora para o ensino da igreja (9)”.[1]  

A COMUNIDADE CRISTÃ E A TRADIÇÃO
A tradição como natureza essencial do Evangelho. Segundo Brunner existem pelo menos três tradições distintas referentes revelação original da Ecclesia. Primeiro, a cristã primitiva (NT); segundo, a católica primitiva; terceiro, a neo-católica Romana.
a)    A noção cristã primitiva de tradição
Brunner diz que: pregamos o Evangelho para salvação do homem. E sem a tradição não a Evangelho. Portanto, a tradição é responsável por conservar o fato histórico e transmiti-lo de forma escrita, de modo que o Canon da Escritura torna-se a regra da tradição na orientação posterior da Igreja.
b)    A noção católica primitiva de tradição
Neste ponto Brunner reflete sobre o ofício continuo do bispo com o dos apóstolos. Mostrando que a Igreja devia se salvaguardar das heresias gnósticas, por isso se valeu de tal sistema clerical. Ou seja, a sucessão apostólica, formulada pelos pais da Igreja. Logo, tal procedimento tinha o objetivo de manter o ofício tradicional da igreja em consonância com a verdade apostólica. Para que todos em todo lugar fossem alvo da bona fide.
c)    Noção neo-católica romana de tradição
Pra finalizar Brunner fala da mudança abrupta na posição clerical da igreja no décimo segundo século, que a define como potestas jurisdictionis. Isto é, advogados educados na ciência da lei Romana entram na Cúria. Onde a igreja deixa de ser governada pelos bispos e passa a ser governada pelo Papa. Assim, tudo esta submetido à autoridade papal, sem nenhum consenso da igreja.
 Se quiser saber mais sobre o livro leia a resenha - por Paulo Eduardo Alves de Freitas - Click


[1] Brunner, p. 39.

14 de maio de 2011

História da busca ao Jesus Histórico

Se você deseja conhecer um pouco mais sobre a busca do Jesus histórico e saber sobre o desenvolvimento das pesquisas referente ao tema, de modo, sucinto e inteligente; você pode acessar ao texto do pastor David Rubens e encontrar informações relevantes e uma bibliografia excelente. Então, não espere click aqui agora!

13 de maio de 2011

Trajetória do diabo até os dias de hoje

Antes mesmo, de assistir aos vídeos sobre a História de satanás, aconselho a leitura do artigo de:  SIGNER, Júlia. O Nascimento do diabo: a cisão da psique humana ocidental. Ciberteologica – Revista de Teologia & Cultura – Ano III, n. 18. Paulinas. SP. 2009. Portanto, você pode baixar o texto clicando aqui. E, também, sugiro uma visita ao blog de Jones Mendonça ((Espíritos Malignos) para conferir uma breve introdução a História do demônio. Enfim, leia os seguintes livros:




Agora assista aos vídeos e se divirta:








9 de maio de 2011

Última Chance (Ministério Ipiranga)

Ofereço está canção para todos os meus amigos do curso de Bacharel em Teologia do IBAD. Pois, há momentos de tristeza, solidão e angustia, no qual todo seminarista entra em crise. Acredito que a única coisa que resta é se refulgir no Altíssimo, lembrando o salmista. Portanto, neste momento uma canção, como esta, faz uma reviravolta dentro de cada um que, fica até difícil explicar o que acontece.  



8 de maio de 2011

Pensamento Complexo (Edgar Morin)


"O pensamento da complexidade se apresenta, pois, como um edifício de muitos andares. A base esta formada a partir de três teorias (informação, cibemétria e sistema) e comporta ferramentas necessárias para uma teoria de organização. E seguida, vem o segundo andar, com as ideias de Von Neumann, Von Foerster e Prigogine sobre auto-organização. A esse edifício, pretende trazer os elementos suplementares, notadamente três princípios, que são o princípio dialógico, o princípio da recursão e o princípio hologramático." Morin, Edgar; LE Moigne, Jean-Louis. A Inteligência da complexidade. São Paulo: Petrópolis, 2000. p. 204. 

Filósofos e Teólogos de peso!

7 de maio de 2011

TEOLOGIA NARRATIVA

(...) A teologia narrativa procura se aproximar da fala dos sujeitos e da narratividade da fé que se dá nos grupos e nos diferentes estratos da cultura e da sociedade (...). p. 97.
(...) Fazer teologia narrativa é incluir as narrativas das comunidades é estar disposto a fazer uma teologia no campo religioso, muito mais do que desenvolver mais uma teologia doutrinária da tradição da igreja (...). p. 98.
(...) Esta proposta é, também, uma resposta à narrativa bíblica como elemento fontal de nossa relação com Deus, no sentido de que nos bíblicos, encontramos, fundamentalmente, narrativas da experiência religiosa e de fé (...). p. 99.
 (...) a fé não é patrimônio somente da igreja, ela esta inserida nos interstícios da cultura e a igreja que não dialoga com estas formas interpretavas da fé esta fadada ao gueto (...). p. 100.
(...) significado de narrativa pressupõem uma variedade de aspectos hermenêuticos, incluindo referenciais antropológicos, sociológicos, estritamente teológicos, literários (...). p. 101.
Magalhães, Antonio Carlos de Melo. Uma igreja com teologia. São Paulo: Fonte Editorial, 2006. 128 p.
A teologia narrativa torna-se uma proposta, na melhor das hipóteses, interessante, porque fica a pergunta: Como articular teologia bíblica, teologia sistemática (eclesiologia) e a própria teologia narrativa?
A teologia narrativa pode deixar à velha ‘teologia sistemática’ de fora da academia? O interessante é resgatar uma leitura genuína da Bíblia, coisa essa que a teologia sistemática não faz. Ademais, todo teólogo sistemático lê a Bíblia como retrato da história. E se sabe que não é desse jeito!
Há muitos problemas em ler a Bíblia desta forma. Cito apenas um! Todo texto bíblico está envolto em um outro contexto histórico, portanto, devemos ler a Bíblia enquanto texto, documento, papel escrito... História sim do agente escritor do texto, mas não da narrativa em si. E se tal história contada pelo escritor é realmente um fato ou não é um fato, não é problema do interprete do texto e sim do cientista da história, da arqueologia, etc. O interprete só quer saber o propósito daquela produção textual, que por sinal tem o objetivo de atender uma necessidade específica da época.
Por isso a velha teologia sistemática se humilde pode até encontrar, um lugarzinho na teologia narrativa. Porque tem toda aquela história. Que da experiência de fé nasce o mito e do mito o rito e do rito a doutrina. Então, teologia doutrinária, dogmática, conservadora e fundamentalista, alto lá! Esta e a ora de ouvir o que à exegese histórico-crítica tem a dizer, pois o texto bíblico esconde jóias sócio-históricas que até o próprio Deus dúvida.
Portanto, teologia narrativa obrigado pela coragem de dizer que a comunidade de fé tem ai seu percentual na construção do sagrado, até porque Bíblia é produção cultural, de um povo e de outros que vieram depois...