2 de fevereiro de 2014

Comunidade Terapêutica: a igreja e o aconselhamento pastoral

A igreja caracteriza-se por ser um ambiente acolhedor. Aonde os cansados e sobrecarregados se encontram. E juntos dividem suas alegrias e tristezas. As pessoas vão à comunidade cristã para superar as dificuldades, sofrimentos e angustias da vida. Lá elas são incluídas nos grupos já determinados pela igreja. Mas é no ajuntamento público, ou seja, nos cultos que o processo de “cura” acontecesse. Nesse momento, o congregado extravasa sua espiritualidade.
            Isso precisa ser pensado com mais seriedade. Pois as reuniões de louvor e adoração a Deus viraram momentos de auto-ajuda cristã (é desta forma, que o cristão tem sido curado). Este é o cuidado terapêutico oferecido nas megas igrejas. E que serve muito bem a um modelo de sociedade “imediatista” que vivemos. Mas, também, encontramos outras igrejas preocupadas em saber: qual o problema enfrentado pelo seu fiel. Pois, sabemos que esse é o foco do aconselhamento.
            A comunidade terapêutica procura agrupar pessoas para dividirem suas vivências de vida. Não é só o pastor ou a pastora que é responsável pelo aconselhamento e cuidado. As pessoas compartilham umas com as outras seus projetos, sonhos e ideais. Como também suas angustias, tristezas e sofrimentos. Uma igreja com poucos membros pode acompanhar mais de perto a história de vida de seus fiéis. E assim, fazer o mapeamento das necessidades por ele vividas.
            Os crentes que frequentam nossas igrejas são “sobreviventes da vida”. Tanto aqueles que fazem parte de uma grande instituição religiosa. Como aqueles que vão a pequenas igrejas. Ambos passam por situações estressantes. Enfrentam uma realidade objetiva.  O sujeito torna-se resiliente, porque a experiência trágica de viver o faz ser resiliente.
            Logo, a vida é pensada a luz do evangelho. Uma espiritualidade integral e inclusiva. Abrangendo todos os dilemas da vida e fazendo de seus membros parte integrante do corpo de Cristo. Proporcionando a “vida abundante” proposta por Jesus. A espiritualidade da cruz de Cristo. A igreja é um ambiente curador e curativo. Curador porque depende de Deus e da ação do Espírito Santo. É curativo, visto que depende da atividade de cada um em prol do outro para ajudá-lo.

             E quem quiser vir a após mim, tome a sua cruz e siga-me.        

Teologia da Libertação

O texto de Claudio de Oliveira Ribeiro destaca três aspectos fundamentais, no que diz respeito à “teologia da libertação”. No primeiro aspecto, é possível notar que toda teologia tem seu prazo de validade. Todo labor teológico é filho de seu tempo. Enquanto teólogos, temos como desafio, a difícil tarefa de fazer do exercício cristão um lugar de resposta para os desafios da vida.
Ou seja, na constitutiva do tempo e das demandas do presente, procura-se através da teologia, engajar o que temos de mais rico em prol da vida humana. Dai as orientações teológicas cristãs acabam se renovando e procurando réplicas bíblicas para ajudar no processo de afirmação social.
Por isso, é preciso saber qual o espaço da teologia da libertação hoje. Por que, há aproximadamente cinquenta anos atrás, as condições do Brasil eram outras. Totalmente diferentes. Hoje se fala em erradicação da pobreza e ascensão econômica das camadas mais populares da sociedade (poder de compra). Haja vista aquele famoso slogan: “A Igreja Católica escolheu os pobres. E os pobres escolheram a igreja Universal do Reino de Deus”.
No segundo aspecto, o confinamento da teologia da libertação ao Catolicismo restringiu até mesmo a ação libertadora da própria teologia. A compreensão de um Evangelho de Justiça Social; já indica que toda teologia é teologia da libertação. Mas foi possível notar seu afloramento no movimento Protestante, muito antes de se pensar em teologia para os pobres.
Desde, a revolução industrial, a libertação dos escravos e o forte apelo do capitalismo; o mundo se viu envolto em uma atuação cristã por traz de tudo isso. Logo, o ecumenismo no combate libertador da teologia só não havia sido percebido com meticulosidade. De tudo é possível perceber o rotulo do Catolicismo na teologia da libertação, mas nada que o Evangelho da Justiça Social não contemple.
No terceiro aspecto, o Reino de Deus não encontra seu ápice na dicotomização de seu sentido enquanto lugar de realização da fé em Deus seja no mundo utópico ou histórico. É preciso compreender que adentramos o Reino de Deus, quando entendemos que toda a qualidade de vida começa quando confiamos em Jesus para Salvação. 
Portanto, existe um ambiente só, e este lugar é o lugar da crença em Deus enquanto tal, na justificação pela fé em Jesus Cristo nosso Senhor.        

23 de setembro de 2013

O DÍZIMO NA BÍBLIA

O texto O dízimo na Bíblia, do prof. Tércio Machado Siqueira apresenta ao leitor as características principais do dízimo no Antigo Testamento (AT). Ele faz a leitura de quatro códigos jurídicos, relacionados à instituição da oferta do dízimo entre os hebreus (todos encontrados no Pentateuco).
Em primeiro lugar, o Código da Aliança tem a finalidade de buscar uma ordem comunitária para os israelitas do período tribal. Os anciões e legisladores enfatizavam a responsabilidade social e revolviam os problemas de ordem jurídica da comunidade (Ex 20,22-23-33).
Em segundo lugar, o Código Deuteronômico reformulou as leis de ações comunitárias e sociais, no período do reinado de Josias. Em terceiro e quarto lugar temos os Códigos da Santidade e Sacerdotal que ampliam o material legislativo de Israel e Judá referente ao dízimo e procuram introduzir uma preocupação estritamente religiosa (Dt 12-26).
Desse modo, o prof. Siqueira salienta que de princípio o dízimo possuía um caráter comunitário, era produtos de ofertas a serem consumidos nas festas do povo israelita. Com o passar do tempo foi orientado como tributo ao templo, ao rei e ao sacerdote. Mas, o grande problema foi o dízimo ser transformado em tributo ao rei e aos santuários, ao invés de ser visto como ações de graças para a comunidade.
As ofertas do dízimo na história de Israel e Judá têm seu declínio na Monarquia. Após a centralização do culto em Jerusalém o dízimo começa a ser tratado como “dinheiro”, e deixa de serem produtos do campo e animais (para os que moravam longe). Assim, as leis do dízimo passaram por reformulações para se adaptar ao momento histórico vivido pelos hebreus.

O Código Deuteronômico tinha um caráter familiar. Uma celebração praticada nas três festas anuais. Mas o Documento Sacerdotal mudou tudo isso para uma contribuição obrigatória ao Templo e sua manutenção. Logo, o dízimo deixou de ser uma preocupação social, para ser tornar apenas religiosa.

31 de março de 2013

ESCOLA BÍBLICA DAS CRIANÇAS


Este é um projeto da Igreja Tabernáculo, com as crianças do bairro Castolira, em Pindamonhangaba. Sabe-se que as drogas, violência e criminalidade fazem parte do dia-a-dia de muitas comunidades carentes. Este fato, não é diferente neste respectivo bairro. É muito difícil resgatar um adulto, desta vã maneira de viver. Por isso, o trabalho com as crianças pode ajudar a resgatar uma quantidade considerável de crianças que, capenguem para este tipo de vida. Que o Senhor Deus nos ajude, na força de Cristo Jesus!     

3 de fevereiro de 2013

ESPIRITUALIDADE E TOTALIDADE DA VIDA



A partir da experiência religiosa, a espiritualidade toca em todas as dimensões da da vida humana, mostrando como a fé organiza a vida. Espiritualidade é algo dinâmico, que organiza o conteúdo da fé diante dos contextos históricos em que os seres humanos se encontram e dos problemas que enfrentam na vida. PIRES, Frederico Pieper. O que é espiritualidade? Rio de Janeiro: MK Ed., 2005. p. 29. 




[...] espiritualidade diz respeito à forma como encaramos a vida a partir da experiência religiosa (op. cit., p. 30).


  
  
Espiritualidade se refere a como vivemos e interpretamos o mundo a partir da fé (op. cit., p. 30).

16 de outubro de 2012

Luiz Felipe Pondé - A Tirania da Felicidade e o Mundo do Trabalho


Eu assisti e gostei! Portanto, compartilho daquilo que Pondé afirmou e, que também, acho valido para pensarmos. "É difícil ter auto-estima, quando o ser humano é mortal, finito, adoece, perde quem ama, não sabe direito das coisas... a experiencia da auto-estima é uma experiencia difícil". Por isso, concordo, quando a Bíblia afirma que "Bem-aventurados os... (Mateus 5)". Acredito que para gozarmos da vida é preciso ter sofrimentos. Pois, o homem sem dores não é o homem que eu conheço, só se ele for artificial.    

26 de setembro de 2012

Karl Barth: revelação




The God who spoke his decisive word in Jesus Christ, this is not a dead God, like the fools are saying today. Instead, this is the lively God who also speaks today. And, if we had ears to listen, we could   hear him constantly. Because the world we live in was created by him. 

O Deus que falou a sua palavra decisiva em Jesus Cristo, este não é um Deus morto, como os tolos estão dizendo hoje. Em vez disso, este é o Deus vivo que também fala hoje. E, se tivéssemos ouvidos para ouvir, poderíamos ouvi-lo constantemente. Porque o mundo em que vivemos foi criada por ele.