24 de novembro de 2011

Pentecostalismo e Escatologia Dispensacionalista

OS SIONISTAS CRISTÃOS:
Na rota para o Armagedóm

Stephen R. Sizer


Qual seria a relação do Pré-Milenismo Dispensacionalista com a Política Norte-Americana? A dissertação de "Daniel Rocha" é muito sugestiva. Aconselho a leitura, basta clicar no link... PUC MINAS

15 de novembro de 2011

Karl Barth, a Teologia da Palavra de Deus e Um Mundo Sem Fundamentação Metafísica da Verdade

Karl Barth (1886-1968). Sua maior contribuição à teologia evangélica foi reafirmar, novamente, os dogmas fundamentais da Fé Cristã.  Sendo que sua teologia alcançou ápice nas primeiras cinco décadas do século XX. Barth escreveu a famosa Dogmática da Igreja e, também, a Carta aos Romanos, Esboço de uma Dogmática, Introdução a Teologia Evangélica entre outros livros. Foi pastor em Safenwil, interior da Suíça. E professor de Teologia Reformada em Göttingen, Tübingen e Bonn. Sempre se dedicou a interpretação sistemática das Sagradas Escrituras.
            A Carta aos Romanos é o manifesto de Barth, na obra, ele irá contra os ensinamentos recebidos pelos teólogos liberais (Schlatter, Harnack, Cohen e Natorp [particularmente os neokantianos] – com exceção de Wilhelm Hermann), com os quais houvera aprendido na Universidade. Na obra ele chega a afirmar que a história da humanidade “é a luta pela existência, hipocritamente dissimulada nos ideais de justiça e liberdade (BARTH, 2009, p. 113)”.  Assim, ele estava querendo mostrar que a teologia liberal, era uma espécie de moralismo apático; que na verdade, parecia mais, uma auto-justificação do ser humano. Em detrimento da justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo.
Sendo que os liberais ainda alimentavam, uma certa, crença nos ideais de justiça e liberdade do Iluminismo, isto é, o progresso científico da raça humana. De modo que os alemães estavam fazendo a vontade de Deus ao se rebelar contra as nações Capitalistas. Conforme afirma Olson (2001), seus professores (em especial Harnack) apoiaram a política de guerra do governo alemão. Tanto é que Barth se decepcionou, pois a teologia liberal que tinha aprendido, não servia para suas pregações na comunidade onde era pastor.
Barth é classificado na escola teológica da Neo-Ortodoxia. Os liberais rejeitaram os dogmas e interpretavam a Bíblia de forma puramente racional. Barth foi lá e resgatou os princípios de fé definidos pela igreja. Fazendo uma re-leitura dos pontos centrais do Cristianismo. Segundo Olson (2001), Barth foi uma praga para existência dos liberais. Sua teologia estava centralizada na Palavra de Deus, que é o um evento que está além do mundo e da razão humana.
A Bíblia não é a Palavra de Deus, ela se torna a Palavra de Deus, à medida que ganha significado na existência humana. Sendo que, tanto a Palavra escrita quanto a falada, ambas se tornam a Palavra de Deus. Segundo Barth (2007), não se diz nada de diferente, apenas confirma-se que a Palavra de Deus tem seu cumprimento na história de Jesus Cristo, que consuma a história de Israel – acontecendo, assim o Evangelho de Deus. Aqui ele tem influências do Existencialismo, mas logo depois deixa esta filosofia de lado. E se recusa a aderir qualquer tipo de filosofia em sua teologia. Na segunda edição da Carta aos Romanos, ele elimina por completo toda influência existencialista. 
Já a Palavra revelada não se torna a Palavra de Deus, ela é a própria Palavra. Barth deu todo um sentido Eclesiológico Cristológico para a “Teologia da Palavra de Deus”. Porque a igreja é o veículo da proclamação e revelação de Deus. “A Bíblia [veio a ser] não é meramente uma coletânea de documentos antigos a serem examinados criticamente, mas, sim, uma testemunha de Deus” (BROWN, 1989 apud FERREIRA, s/d, p. 3). Esta revelação tem sua expressão máxima em Jesus Cristo, que é o logos de Deus. “Cristo é a verdadeira 'Palavra de Deus' que jamais passará e que permanecerá para além dos céus e da terra (BARTH, 2009, p. 140)”.
            Se a Bíblia é a revelação através de Jesus Cristo como um evento encarnacinal, ela é o testemunho da revelação que por si mesmo pertence à revelação. A Palavra de Deus é supra-cultural e a-histórica. Logicamente não está reduzida a uma mediação cultural. “Barth denunciou todas as tentativas da razão de emudecer a Palavra de Deus e procurou mostrar que é na Igreja que se dá a escuta da Palavra que é pronunciada pelo próprio Deus” (SANTANA, 2011, p. 68). Assim, não há nenhuma influência filosófica, na concepção de revelação barthiana.  
E em todas as suas obras procura evidenciar que o Cristianismo não tem nada haver com platonismo, estoicismo e neoplatonismo. No Esboço da Dogmática afirma que ao pronunciar o nome de Cristo “[...] não é o simples suporte verbal de uma realidade superior (o platonismo não intervém aqui!). Trata-se de [...] uma pessoa mesmo (BARTH, 2006, p. 92)”. Aí Barth está querendo se defender das idéias neokantianas (Cohen e Natorp). Conforme afirma Emmanuel Kant “não existe a possibilidade de acessar em nível de conhecimento [epistemologia] o mundo metafísico” (cf. Critica da Razão Pura). Por isso, para ele a Palavra está excluída do âmbito da racionalidade. Em contra partida, ele está querendo resolver um problema seriíssimo. Um mundo sem fundamentação metafísica da verdade. Coisa que os liberais haviam aceitado numa boa. Ainda mais depois que Friedrich Wilhelm Nietzsche, afirmará que o “Cristianismo é platonismo para o povo” (cf. O Anticristo).
Barth está maquiando toda uma escola filosófico-teológica construída nos 1900 anos de História da Igreja. Para nos convencer que a teologia dele é livre de qualquer tipo de influência filosófica. Bem, os pais apostólicos cindirão a teologia judaica com o platonismo. Venho Agostinho e reafirmou todo o status da Teologia Cristã a luz do neoplatonismo. Os reformadores (Martinho Lutero e John Calvino) bebem da fonte agostiniana, até se saciarem. Barth é oriundo de educação reformada. E vem dizer que o Cristianismo, não tem nada a ver com platonismo. Só, desta maneira, para justificar que a Palavra de Deus, mais precisamente “dogma” é uma revelação que advêm do além. Porque para os liberais a Bíblia era uma produção cultural, aberta a investigação histórico-crítica. Coisa que Barth rejeitava veementemente.
Nesta situação, vale à pena salientar, que o que se conhece como Bíblia, é um livro culturalmente condicionado, mas para Barth não era assim. Para ele o princípio orientador da Bíblia não foi à hermenêutica-exegético-crítica; mas, sim o credo, a confissão, a doutrina, o dogma etc. Isso significa que a Bíblia, não é um documento antigo que precisa ser interpretado, mas um punhado de doutrinas e dogmas, na qual Deus é revelado. O que prevalece é caráter sistemático da Fé Cristã, que foi enrijecido pela metafísica. Barth ignorou todos os avanços da crítica-histórica. E formulou sua teologia como se o século XIX, nunca tivesse acontecido. Jogou fora todo o legado do século XIX. E escolheu se encontrar novamente no mundo do século XVI, de volta a velha ortodoxia luterana e calvinista.
 Barth afirmava que “não são os pensamentos humanos corretos sobre Deus, mas os pensamentos divinos corretos sobre os homens que formam o conteúdo da Bíblia (BARTH, 1928 apud OLSON, 2001, p. 593)”. Esta afirmativa o fez retornar a um fideísmo irracional. Semelhante ao discurso conservador que desaprova a racionalidade humana. Porque uma cosmovisão humanista irá dizer que “tudo que o homem pensa, está em um processo contínuo de verdades provisórias”. Inclusive a Bíblia quando lida cientificamente, o que se tem são hipóteses de interpretação. Barth não acredita em tal pensamento, pois ele afirma que a verdade “é a nossa origem [...] porquanto “Cristo em nós”, como julgamento e justificação, é a VERDADE, é o Espírito que habita em nós [...] (BARTH, 2009, p. 452)”.
Barth tem toda razão, mas só que essa verdade é metafísica. Não esta aberta a um objeto fenomênico, enquanto sujeito do juízo. Nestas condições, o sujeito do conhecimento só pode conhecer aquilo que se configura no ‘tempo e no espaço’ – fenômeno. Em detrimento, do conhecimento que não é apresentado à sensibilidade, de modo que o pensamento puro não produz conhecimentoπιστήμη, isto é, verdadeiro conhecimento – númeno. Neste caso, o que tem que ser revisto não é a Bíblia, é o Deus metafísico de Barth. Portanto, ele preferiu continuar tratando, o que considerava Palavra de Deus, como instrumentalização de palavras estético-normativas, cuja finalidade é sempre de manter um discurso unívoco que procura abarcar as idéias sobre-humanas e aplicá-las ao mundo do fenômeno.
   Nietzsche havia declarado a “morte de Deus” (cf. Zaratustra). Não a do Deus da fé, mas a do Deus metafísico. O Deus que nasceu do coito entre o judaísmo e a filosofia platônica. Barth, então, vai querer salvar o que ele considera importante para o Cristianismo (nascimento virginal, ressurreição, Deus encarnado etc.). No caso, as formulações dogmáticas rejeitadas pelos liberais, na qual Deus se apresenta a humanidade. Através da Palavra de Deus (num sentido sistemático), mais precisamente a revelação. Platão (cf. A Republica), aqui é elevado ao mais alto e sublime lugar, pois existe uma força além do mundo físico, que deve reger todas as coisas. Inclusive o pensamento dos homens sobre o mundo.
     Na Reforma Protestante Lutero (cf. 95 Teses e Nascido Escravo) se rebelou contra um sistema eclesiástico totalmente platônico, no qual o vigário de Cristo era o veículo de revelação da igreja. Aí Lutero usou Aristóteles (cf. Metafísica I e II), para legitimar seu discurso afirmando que “todo ser humano é livre para escolher sua felicidade”. Num sistema democrático platônico, não era assim. Na polis existiam duas classes de pessoas os bem nascidos e os que se ocupavam com os negócios. Os bem nascidos eram os que mandavam na sociedade e deviam ser respeitados, porque, possuíam a orientação dos deuses. Já o restante da população não iria acender nunca, pois não faziam parte da estirpe, eram simples comerciantes.
Lutero foi lá e usou Aristóteles para romper com a igreja. Afirmando o sacerdócio universal de todos os crentes. De modo que o instrumento autenticador de seu discurso era as Escrituras. Porque ele não tinha o papado, por trás, de suas escolhas. Assim, somente a Bíblia para ajudá-lo e, ao mesmo tempo, tomar o lugar do Papa. Entretanto, logo, que conseguiu se separar da igreja Católica voltou novamente para Platão. E a ideia de livre interpretação das Escrituras se desvaneceu como poeira. E o que continuou controlando a igreja da Reforma foram os dogmas. Sendo que, se algum grupo marginalizado, desconsiderasse pontos fundamentais da Fé Cristã, era perseguido.
Barth fez mais ou menos isso, dizendo que a igreja é a tutora da revelação divina, que transcende a expectativas deste mundo. Os católicos têm colégio apostólico para dizer o que deve ser crido. E se for dito algo diferente, o teólogo corre o risco de ser excomungado. Já em Barth é Espírito da verdade que controla tudo e, nós, somente se aceitamos o jogo. E se alguma coisa no pensamento dos homens, não está em consonância com o credo, a confissão, a doutrina, o dogma etc., não são ambas as formulações que estão erradas. Mas, sim, os pensamentos humanos que estão incorretos. O núcleo do Cristianismo barthiano é proposional e revelado, portanto, não é necessário interpretação, somente racionalização das formulações dogmáticas.
Karl Barth fez aquilo que acreditava ser a melhor forma para salvaguardar os princípios de fé definidos pela igreja. Mesmo que para isso tivesse que negar a história humana (enquanto fenômeno humano), como palco da relação entre Deus e o homem. Afinal de contas, não pode existir juízo de valores, nem no que se refere à metafísica ou a interpretação racional. Tanto a verdade metafísica quanto a verdade da razão, são duas concepções distintas. O mundo metafísico faz parte da noosfera (mundo do pensamento), característico da dimensão lúdica do ser humano (imaginação). Já a razão, faz parte de algo, que é próprio da natureza dos seres vivos, que se constituem, de modo aberto ou fechado, a todas as condições do mundo. Faz parte do Reino Animal (Zóon logikón, animal racional) e dos demais Reinos. Portanto, não existem certo ou errado, somente dimensões distintas (não separadas) de um mesmo ecossistema-sistemicamente-organizado.

Fernando de Oliveira
15 nov. 2011às 13h09 mim.
Pindamonhangaba-SP
fernan_resgate@hotmail.com


BIBLIOGRAFIA.

BARTH, Karl. Carta aos Romanos. 5. ed. São Paulo: Fonte Editorial, 2009. 854 p.
______. Esboço de uma Dogmática. São Paulo: Fonte Editorial, 2006. 224 p.
______. Introdução a Teologia Evangélica. 5. ed. ver. São Leopoldo: Sinodal, 1996. 128 p.
FERREIRA, Franklin. Karl Barth: Uma Introdução à Sua Carreira e aos Principais Temas de Sua Teologia. Disponível em: <http://www.monergismo.com/textos/biografias/barth_franklin.pdf>. Acesso em: 11 de Ago. 2011.
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã: 2000 anos de tradição e reformas. São Paulo: Editora Vida, 2001. 668 p.
SANTANA FILHO, Manuel Bernardino de. Por uma antropologia teológica ecumênica: uma leitura a partir da eclesiologia cristológica de Karl Barth. In: ROCHA, Alessandro Rodrigues. [organizador]. Ecumenismo para o século XXI: subsídios teológicos para a vocação ecumênica de todo cristão. São Paulo: Fonte Editorial, 2011. pp. 67-86.


5 de novembro de 2011

Um mundo onde conhecer é criar e afetar-se melhor (André Martins)

Um mundo em crise: reinventar os alicerces da modernidade.
Esta é uma série do Café Filosófico que tem sido exibida na TV Cultura nos últimos domingos. E que, por sinal, tem abordado temas desestabilizadores, como: liberdade da vontade, os fins, ordem moral do mundo, o não egoísmo e o mal. Portanto, tais assuntos, nos levam a repensar nossas atitudes diante da vida, pois num mundo sem uma fundamentação metafísica da verdade; o que seria fazer do conhecimento o mais potente dos afetos? Eis a crise da modernidade!  
Clique aqui cpflcultura e assista toda série.

30 de outubro de 2011

Raymond E. Brown

Introdução ao Novo Testamento
A obra de Brown é um clássico, cuja principal característica é de ser escrita para leitores e estudiosos não especialistas e, até mesmo, não cristãos. Trata-se de um estudo crítico do texto, situado, por certo, dentro de seu contexto global, histórico, cultural e religioso, que nos permite avaliar o que seus autores tencionaram transmitir, mostrando também o alcance de sua mensagem e sua repercussão na história do pensamento e do comportamento religioso da humanidade como um todo.
Na primeira parte, o autor, estuda o que chama de pressupostos para a compreensão do texto: sua natureza e origem e os contextos político e cultural em que se situa. Trata-se de um estudo sintético magistral dos conhecimentos básicos com que trabalham todos os intérpretes sérios e competentes da Bíblia, sem os quais não se pode hoje pretender interpretar validamente nenhum texto sagrado.
Na segunda parte, estuda os testemunhos escritos pré-evangélicos, que a leitura crítica dos próprios quatro evangelhos canônicos permitem identificar, e fornece os elementos de base para a leitura de Marcos, Mateus, Lucas e João, incluindo a introdução aos Atos na seqüência do evangelho de Lucas, e as cartas joaninas, na seqüência de João. Note-se a estrutura paralela dos capítulos, abrindo-se, no fim, para uma consideração mais genérica dos temas religiosos que estão no horizonte de cada um dos escritos.
A terceira parte é dedicada aos escritos paulinos. Introduzem-na três capítulos de grande importância sobre a classificação e o formato do corpus paulino, seguida de um capítulo sobre o próprio Paulo, sua vida e seu pensamento, um outro, em que o autor faz uma apreciação da figura e da doutrina do Apóstolo. Seguem-se, então os capítulos dedicados às cartas paulinas propriamente ditas, vindo depois, uma consideração geral sobre a pseudonímia dos escritos deutero paulinos e a introdução a cada um deles.
Na quarta e última parte, dos demais escritos do Novo Testamento: a Carta aos Hebreus, a Primeira Carta de Pedro, a Epístola de Tiago, a de Judas, a segunda de Pedro e o Livro da Revelação ou Apocalipse. Dois grandes apêndices sobre o Jesus histórico e os escritos judaicos e cristãos gnósticos da época abordam temas indispensáveis à compreensão do Novo Testamento. Vários índices o oito quadros ilustrativos figuram na forma de anexos, sendo preciosos instrumentos para consulta da obra. Apesar de não ser recente, a Introdução de Brown é um livro ao mesmo tempo indispensável.

25 de outubro de 2011

Gerd Lüdemann (Jesus Histórico)

Gerd Lüdemann estabelece quatro critérios de inautenticidade e cinco critérios de autenticidade, em A Grande Ilusão, que é algo de uma versão abreviada e popular de seu extenso trabalho subseqüente Jesus depois de 2000 anos. O primeiro critério de inautenticidade é que ditos pressupondo Jesus como o Senhor exaltado não são da terra Jesus. A segunda é que as ações que pressupõem a violação das leis naturais não são históricas. Os Estados terceiros que palavras que parecem ser concebidas para responder aos problemas das comunidades mais tarde, seja autêntica. O quarto critério de inautenticidade diz que palavras ou ações que presume um gentio, em vez de um público judeu não voltarem para Jesus. O primeiro critério de autenticidade diz que palavras ou ações que são ofensivas para a sensibilidade cristã não são susceptíveis de serem mentiras. O critério de estados diferença que palavras que não parecem refletir as idéias da pós-Páscoa comunidades provavelmente voltarem para o histórico Jesus. O critério de crescimento, diz que o material em torno do qual as tradições adicionais têm acumulado pode ser velho o suficiente para voltar para Jesus. O critério de raridade indica que palavras com poucos paralelos na esfera judaica são susceptíveis de ser distinto para Jesus. O quinto critério de autenticidade, que de coerência, diz que um dito ou ação que se encaixa perfeitamente com o material identificado outros autênticos também podem ser considerados autênticos. Um exame da autenticidade de todos os Jesus das tradições com o uso de critérios como estes podem ser encontrados em Jesus depois de 2000 anos.
De acordo com Lüdemann, Jesus, como muitos judeus do primeiro século palestino foi para ser batizado para a remissão dos pecados e crê no fim iminente do mundo pregado por João Batista. Lüdemann diz que Jesus desenvolveu idéias Batista em uma nova direção de três maneiras: "primeiro, em longo prazo ele não gosta da atitude fundamentalmente ascético João. De acordo com este, em segundo lugar, ele tinha uma tremenda experiência do reino de Deus, que foi prefigurada em refeições com ele para que ninguém pudesse vir. E em terceiro lugar, ele encontrou sua capacidade de curar uma experiência avassaladora que ele também associado com a vinda do reino de Deus. "(Jesus depois de 2000 anos, p. 689) Lüdemann pensa que Jesus viu-se na batalha contra Satanás na cura doença e pecado, que eram indissociáveis.
Lüdemann escreve (Jesus depois de 2000 anos, p. 690): "Em sua fase decisiva, Jesus . vida foi moldada pela fé inabalável que ele tinha que interpretar a lei de Deus com autoridade em nome de Deus. De um modo geral, sua interpretação era para ser percebido como uma acentuação da vontade de Deus. Assim, ele proibiu o divórcio, com um apelo à boa criação de Deus, por que no homem o casamento e a mulher irrevogavelmente se tornaram uma só carne (Mc 10,8). Ele centrou o mandamento do amor sobre a demanda de amar o inimigo . (Lucas 6.27). Ele proibiu a julgar (Mt 7.1) e palavrões (Mateus 5.34). De vez em quando ele reduziu a lei de forma arrebatadora e ao fazê-lo de fato fez a leis alimentares irrelevantes (Marcos 7.15); ele centrou o sábado no bem-estar humano (Marcos 2.27). Mas qualquer coisa que – em termos modernos –  parecia autonomia foi fundamentada na teonomia Jesus poderia ordenar esta interpretação livre e, ao mesmo tempo radical da lei só porque ele tinha recebido a autoridade para fazê-lo de Deus, que ele dirigiu com amor, como Paulo fez mais tarde, como Abba (um termo que denota profunda intimidade e afeto). Neste ponto Jesus e seu Pai celestial eram quase uma, e que deve ter sido mais ofensivo para seus ouvintes judeus".
Contra aqueles que fazem uma dicotomia estrita entre a sabedoria intemporal e expectativa escatológica, nas palavras de Jesus, Lüdemann insiste que a sabedoria e lado a lado apocalíptico existe no pensamento de Jesus como ele faz no pensamento de Paulo. Que Jesus espera um fim iminente é indicado, por exemplo, Marcos 14:25, que Lüdemann considerar autêntica, dizendo: "Só Jesus expectativa" do futuro reino de Deus está no centro, e não Jesus foi redentor, juiz, ou intercessor "( A Grande Ilusão, p. 77). Em Lucas 11:20, Lüdemann escreve: "O vôo dos demônios é um sinal de que o poder do maligno foi superado, mesmo se uma destruição final dos poderes do mal só terá lugar no julgamento final, que é iminente "( A Grande Ilusão, p. 83).
Comentários sobre passagens como Thomas 98, Lucas 16:1-7, 13:44 Mateus, Lucas 12:39 e Lucas 18:2-5 como sendo histórias de heróis imoral: "No entanto, Jesus não apenas fazer heróis imoral os personagens principais em suas parábolas. De certa forma sua própria vida era o de um herói imoral. Ocasionalmente ele deliberadamente transgrediu o mandamento do sábado (cf. Mc 2,27). Ele ensinou aqueles que deveriam tê-lo ensinado. Ele convocou o povo a amar aqueles a quem eles realmente deveria ter odiado. Em público, ele foi considerado como um amigo de publicanos e pecadores, como um comilão e beberrão (Lc 7,34). A vida de Jesus não era a de um herói que seguiu o seu caminho para a vitória sem obstáculos; sua vida não era o tipo que teve um final feliz Jesus condenação", sua morte na cruz e o fracasso imediato de sua atividade formal fez o oposto de um herói. Colocar todos os valores existentes em questão e, assim, transformá-los. De cabeça para baixo, ele se tornou extremamente imoral anti-herói (The Great Deception, pp. 96-97).

23 de outubro de 2011

Gerd Lüdemann

Gerd Lüdemann (* 05 de julho 1946 em Visselhövede ) é um teólogo alemão. De 1983 a 1999, ele ensinou Novo Testamento na Faculdade Teológica Evangélica do Göttingen Georg-August-University . Desde 1999, ele foi lá com uma "História e Literatura do início especial o cristianismo "e encaminhado para a Universidade é atualmente o departamento de" Early Estudos Cristãos "do" Instituto de Pesquisas Especiais ". Ele é casado e tem quatro filhas.


12 de outubro de 2011

Evangelho de Judas (Valtair Afonso Miranda)


Valtair A. Miranda é doutor em Ciência da Religião e Mestre em Teologia. Pastoreia a Primeira Igreja Batista de Neves, São Gonçalo (RJ). Conferencista e escritor. Já publicou quase uma dezena de obras, dentre as quais se destacam Fundamentos da Teologia Bíblica, pela Editora Mundo Cristão, e O que é escatologia?, pela MK Editora.
Evangelho de Judas - realidade ou ficção? Leia o livro de Valtair Miranda para saber a resposta.

Neste livro, Valtair Miranda apresenta o recém-descoberto Evangelho de Judas aos interessados em entender sua implicação para o cristianismo contemporâneo. Isso é feito através de uma introdução progressiva ao seu texto e conteúdo. Inicia-se com referências a Jesus e seu ministério, para localizar o personagem Judas dentro dele. Logo em seguida discute-se a questão do nascimento dos livros cristãos e a formação daquilo que os estudiosos chamam de cânon cristão. Com isso já se está dentro da esfera dos livros disputados, e especificamente do Evangelho de Judas.
A preocupação, então, é situá-lo historicamente, com questões relativas à como ele foi produzido, quem seriam seus autores, por que ele teria sido escrito e como ele chegou até nós. Detêm-se, também, de uma forma especial no conteúdo do próprio Evangelho, para demonstrar sua natureza e função. Por fim, a conclusão procura responder à questão sobre as conseqüências dessa descoberta arqueológica para os cristãos da atualidade.